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Mostrando postagens com o rótulo cultura

Notre Dame em chamas

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Não bastassem os horrores nacionais, os descasos com a cultura, o incêndio no Museu Nacional, tento passar umas horas longe da web e quando me reconecto leio sobre algo inimaginável: Notre Dame em chamas. Em Paris. Na Europa. Notre Dame em chamas. Vejo na Tv e custo a acreditar que estou vendo a história queimar nas minhas vistas. Me sinto como cada pessoa que  vejo na tela da tev, assistindo, impotente, em silêncio, séculos de história ruirem.    Esquecendo o fato de ser arquiteta, de saber o valor cultural, me sinto como cada pessoa que já entrou em Notre Dame, independente de crenças, não importando se acreditavam em uma nossa senhora mas que sempre foram sensíveis à história e ao trabalho humano que foge à compreensão lógica. Aprendi a amar a França com o meu pai. Ele que ensinou minha irmã a cantar a Marselhesa em francês, ele que tinha uma bibliografia imensa sobre a Revolução Francesa, ele que me fez sentir uma emoção especial quando percorria as rua...

Desenterrando o passado com gastronomia - Apollonia-Arsuf

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Uma das primeiras profissões que pensei seguir: arqueologia. Sério, isso foi no tempo em que era criança. Acho que vinha da minha paixão desde sempre por história e pesquisa. Acho que eu não tinha a noção do trabalho braçal que um arqueólogo, mas ficava imaginando como seria maravilhoso descobrir como viviam as pessoas de milhares de anos atrás, como eram suas culturas, suas cidades... Mas como a vida segue outros rumos e mesmo que o meu teste vocacional feito no colegial tenha marcado História, fui me aventurar pelos caminhos da Arquitetura. Talvez na minha cabecinha da época fosse uma profissão de mais futuro que ensinar história... Lembrei disso nesse almoço Clio onde fiquei absorvendo a fascinante história da exploração arqueológica do sítio de Apollonia-Asurf  Apolónia da Palestina (em  grego clássico : Απολλωνία;  transl .: Apollonia; em  hebraico : Tel Arsuf), também chamada Arsuf, Arshof,Arzuf, Aser, Arsur e Sozus, é um  sítio arqu...

Design para experiência multissensorial em museus - Apoie

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Como é bom percorrer caminhos de cultura. Seja na nossa cidade ou em viagem, caminhar e conhecer centros culturais e Museus é sempre como um reservatório de oxigênio cultural de sobrevivência . Esta sensação é tão importante que o acesso aos bens culturais é um direito constitucional. Mas como garantir a sua acessibilidade para que realmente seja uma experiência para todos? O direito de acesso aos bens culturais, entre outros edifícios públicos, é assegurada pela constituição federal.  Já indiquei alguns artigos para leitura em Bens Culturais e a acessibilidade . Este é um tema que vem sendo encarado pelas administrações dos Museus e aqui em Porto Alegre, o  Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo é "referência regional em acessibilidade às pessoas com deficiência visual."  Existe um projeto de Doutorado de Eduardo Cardoso chamado  Design para experiência multissensorial em museus  que desenvolveu uma série de recursos para que pessoas com deficiência visu...

Oxigênio cultural da sobrevivência

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Noite dos Museus  em Porto Alegre. Um roteiro por oito dos espaços de cultura da cidade que levou milhares de pessoas para o encontro com algo intangível e tão necessário à saúde e sanidade de todos nós - um encontro com a sensibilidade. Sair às ruas a noite se torna cada vez mais um desafio na nossa outrora alegre cidade. Uma autoridade de segurança local disse sobre assaltos em uma serenata iluminada em um parque da cidade: "Chamem o Batman" e que "gente de bem estaria em casa". Aliado ao crescente número de ocorrências policiais, resulta que muitas pessoas acabem deixando de sair às ruas. Que com isso se tornam mais inseguras, fazendo com que mais pessoas as deixem e alimentando um círculo eterno de causa e consequência. Mas existe sempre um antídoto para a mesmice e a robotização que a vida cheia de responsabilidades nos leva cada vez mais. Se chama Arte. Se chama Cultura. Quando estava indo para um dos Museus  fiquei conversando sobre a cultura, e com...

Projetando em diferentes culturas

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Como fazer Arquitetura de maneira global? Hoje, mais do que em qualquer outra época da história, um arquiteto consegue projetar não apenas em seu local de nascimento e/ou moradia. Pensamos, criamos e projetamos globalmente. Mas como isso se dá na prática? Esse vídeo escuta sete profissionais de diferentes culturas que falam sobre esse processo que inclui entendimento, colaboração e visão de que a Arquitetura tem uma função muito ampla. Foster + Partners - Droneport in Rwanda Para o arquiteto suíço Peter Zumthor "O verdadeiro desafio é entender as pessoas locais e seu contexto". O francês Jean Nouvel entende que a Arquitetura deve estar inserida em seu local e cultura. Quem resume isso muito bem é o dinamarquês Louis Becker quando diz:  "A bacana sobre a Coca Cola é que é a mesma coisa o mundo ... se você faz isso na arquitetura, seria um desastre. " Passando pelo arquiteto nigeriano Kunle Adeyemi , Diébédo Francis Kéré (de Burkina Faso) ao norueguês...

Casa de chá em bambu com efeitos de luz

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Dois assuntos que me apaixonam. Bambu e meditação . Pois estão reunidos em um projeto de uma casa de chá onde os recortes e efeitos de luz no bambu criam um ambiente em tudo propício para o relaxamento tão importante para a nossa harmonia interna .     A cerimônia do chá se reveste de muitos rituais nos países orientais. Exige uma série de preparações que levam a um estado de harmonia e que talvez se traduzam por paz. Diferente dos nossos costumes ocidentais mais apressados e que normalmente se traduzem melhor em um café tomado ao pé do balcão. Essas diferenças culturais se expressam nas escolhas arquitetônicas dos espaços. Nada melhor para expressar essa cultura que esse projeto do escritório chinês minax chamado 'Sala de chá em lotus & bambu sala de chá" que foi criada para uma exposição cultural na China em 2014.   Veja também outra casa de chá em bambu O material escolhido foi o bambu que tem larga tradição de uso nessa região do plan...

Sustentabilidade arquitetônica e cultural em escola infantil - Chrysalis Childcare

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O espaço físico é importante no processo de aprendizado? Obviamente sim. E nem falo aqui como arquiteta, mas como ser humano.  Viemos a um mundo feito de dimensões. O espaços nos rodeia, crescemos tocando, cheirando, descobrindo. E o que é a aprendizagem senão o despertar da vontade de aprender mais e mais? Aprender não é sentar em uma sala de aula, ou na frente de um computador, e decorar. Não. Aprender é interagir . Aprender é sentir a vida e como ela funciona. Aprender é compreender o mundo, as pessoas. O vento. O céu. As plantas...e as pessoas. Nós, humanidade que tanto carecemos de aprender a interagir conosco.  Por isso, quando vejo um projeto que contempla de forma tão bonita e delicada essa relação com o entorno, impossível não compartilhar aqui no blog. O Chrysalis Childcare and Early Learning Centre me encantou! Projeto de  Collingridge and Smith Architects está localizado em Auckland, Nova Zelândia.  Uma proposta que une sustentabilidad...

A gente quer comida e cultura - Descobrindo Riga

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Esses dias estava lendo uma postagem do Alexandre Inagaki sobre os nomes de muitos blogs, um deles o da querida Sam Shiraishi, que se inspiraram em músicas. Hoje, no almoço cultural do Studio Clio , sobre Riga, a Capital Europeia da Cultura de 2012, me lembrei muito dessa música dos Titãs:  A gente não quer só comida A gente quer bebida, diversão, balé A gente não quer só comida A gente quer a vida como a vida quer A gente quer muito mais da vida. A gente (muito eu isso) quer saber. Quer saber gostoso. Quer ligar a arquitetura com a vida que nela se encerra. Quer admirar um prédio, um estilo, uma cidade, mas sempre inserida no seu contexto mais amplo. Por mais bela que seja uma edificação, ela não existe por si só. Ela é resultado de uma história. E conhecer essa trajetória, por mais breve que seja esse tomar contato, sempre abre portas para a busca. E no final das contas, o que realmente importa é a BUSCA . Por isso meu fascínio por aprender. E mais, meu fascínio por...

Arquitetura, origami e Haikai - Garimpando blogs

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Tudo começou com um desafio para postar HaiKais em uma rede social. Eu sempre achei lindo - e fascinante - essa forma concisa e muito sutil de poesia que congela um momento. Mas congela de uma maneira tão elegante que entra nos sentidos. É como um tiro certeiro na emoção e mente.  Como é bem descrita aqui :   " O objetivo é capturar a  essência  do local numa poesia  contemplativa e descritiva  com grande valorização nos  contrastes , na transformação e dinâmica, na  cor , nas  estações do ano , na  união com a natureza , no que é  momentâneo  versus o que é  eterno (ruptura do contínuo) e no elemento de surpresa." Fui procurar então exemplos na arquitetura. Há muitos espaços que conseguem expressar essa essência, e na arquitetura oriental encontramos muita sutileza nos ambientes e jardins em que se pode contemplar e estar COM a natureza. Mas para minha surpresa o que realmente me encantou foi um blo...