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Mostrando postagens de setembro, 2019

Banheiros na China: um problema que o governo quer atacar

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Acordo de manhã e faço algo quase automático. Vou ao banheiro. Ao dar descarga no vaso e usar a água que sai das torneiras para lavar o rosto e escovar os dentes, não lembro que este é um privilégio que 60% da população mundial não tem. Segundo dados da ONU  cerca de 4,5 bilhões de pessoas não tem o luxo de ter um banheiro em boas condições para usufruto. Foi criado inclusive um Dia Mundial dos Banheiros, em 19 de novembro, para marcar o alerta sobre o tema. Nem sempre lembramos disso. Nossas preocupações com banheiros são mais estéticas e nossos maiores problemas são com um maior ou menor tamanho dessas peças. Nos damos ao requinte de termos vários espaços sanitários em nossas casas. Mas e se não fosse assim? Lembro de minha mãe contando sobre as casinhas de sua infância, os locais que ficavam afastados das casas e onde as pessoas satisfaziam suas necessidades fisiológicas. Em muitos locais do planeta essa ainda é a realidade. Mesmo naquela que todas as previsões apontam como

Courtyard House Plugin - uma casa dentro de uma casa

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Cidades antigas e densamente povoadas como Pequim necessitam de soluções criativas para resolver e reformular habitações antigas, garantindo que tenham padrões mais modernos e coerentes com a problemática energética de hoje em dia. É o desafio que o  Gabinete de Arquitetura do Povo (PAO), um escritório com equipe internacional de profissionais pretende resolver com o  Courtyard House Plugin . Um sistema modular pré-fabricado que  incorpora estrutura, isolamento, fiação, encanamento, janelas, portas, acabamentos internos e externos em uma peça moldada.  Painéis de fácil e rápida instalação, sendo ainda econômicos pela escala de produção, sendo bem mais baratos que a construção de uma casa nova ou de reformar uma antiga.  Um protótipo foi feito para teste e conta com espaço para escritório, dormitório e banheiro. Um dado interessante é a questão da preservação do patrimônio histórico chinês que pode ser implementada com mais consciência, transformando locais degradados em

7 diretrizes para construir o presente

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No final do século passado, o primeiro congresso virtual de arquitetura reuniu profissionais de 80 países, quando dois arquitetos da Synarqs fizeram uma pesquisa entre os participantes, produzindo um manifesto, que foi republicado em www.synapsis.org.br .  Na segunda edição do evento os organizadores pediram por uma continuidade interativa, que foi armada no Geocities, e recentemente recuperada. Este esforço foi intitulado "7 diretrizes para construir o presente"  "7 diretrizes para construir o presente" " A única coisa que permanece presente em todos os tempos é a mudança " Oscar Muller e Jorge Scatto Aprofundar os fundamentos de cada um dos conceitos que inicialmente denominamos como "7 diretrizes para construir um amanhã" ( "o ARQUITETO E A ARQUITETURA, NA ATUALIDADE E NO FUTURO" ) é o próximo passo proposto para continuar antes de abrir a discussão aos colegas e pedir seus aportes para

Micro habitação em bambu para falta de habitação em Hong Kong

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Uma cidade super povoada como Hong Kong e com uma escassa oferta de opções de moradia precisa de soluções emergenciais. Este abrigo de bambu é uma proposta econômica para abrigar pessoas e família enquanto procuram moradias permanentes. Projeto da AFFECT-T  Segundo os arquitetos, o nome do escritório encerra seu conceito de afetos arquitetônicos que sintetizam os princípios do design com a adequação à cada cliente, levando em conta seu impacto no espaço e sustentabilidade de materiais e execução.   Esta proposta de micro habitações de bambu entram dentro desse princípio de propiciar um abrigo temporário barato e funcional que possam ser construídos dentro de edifícios fabris abandonados, gerando verdadeiras comunidades para pessoas em situação de vulnerabilidade. O bambu foi escolhido por ser um material local, de fácil execução, rápido para construir e econômico. Os módulos básicos de 15 m2 possuem um quarto, uma cozinha e área de estar. E podem ser combinados para fa

Biblioteca em madeira revitaliza aldeia destruída por terremoto

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Um terremoto na província chinesa de Yunnan destrói casas e deixa espaços comunitários vazios. O arquiteto  Olivier Ottevaere e o diretor de uma ONG   John Lin  unem esforços com alunos da Universidade de Hong Kong e, juntamente com os alunos e comunidade, projetam e constroem três projetos em madeira como uma forma de revitalizar o local. Um deles é uma biblioteca e centro comunitário, The Pinch que mostramos aqui. As formas geométricas das treliças de madeira se unem em graciosas e fortes estruturas que abrigam espaços de convívio das pessoas da vila e ajudam a reconstruir suas vidas destruídas pelo terremoto. Os forros servem também de espaços de convívio e lazer, aproveitadas as inclinações do terreno onde se localizam.  A produção de madeira local foi aproveitada no processo de construção das estruturas. Processos simples que resultaram em estruturas adequadas à cultura local e muito simbólicas da mudança e reconstrução da comunidade.   Gostou? Compar

Visita à arte na cidade dos mortos

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Visitei a cidade dos mortos.  Poucas vezes fui a um cemitério por motivos outros que não a partida de alguém amado/conhecido.  Uma vez por desafio, era noite, em outro país. Outra a passeio, também em outro país. E agora para conhecer a arte funerária em um cemitério de minha cidade. O desafio desta veio de um almoço Clio onde a professora Dra Luiza Neitzke nos apresentou um panorama onde a " arte revela símbolos, conhecimento, poéticas de muitas eras e a história social e de nós mesmos." Passando pelas inspirações de cemitérios europeus onde a arte funerária vinha ornar os túmulos porto alegrenses, em cópias de maior ou menor rigor estético.  As cópias mais utilizadas, as histórias de amor e perda, e imagens simbólicas que retratam as saudades dos mais abastados que conseguiam se distinguir até na finitude. Leia aqui A melancolia e a arte cemiterial Após a palestra do almoço fomos em grupo ao mais antigo cemitério da cidade: o  Cemitério da Irmandade