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Mostrando postagens de outubro, 2014

Exemplos de reciclagem e atuação usando lixo urbano - Arquitetura e Design

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FONTE Exemplos de construções usando restos que descartamos, sejam de construções , sejam do lixo tradicional, estão se proliferando. Não que eu considere como uma vertente de futuro e um solucionador da questão do descarte. Longe disso. A sua função é mais de denúncia, de conscientização para o profundo consumismo e transitoriedade que vemos se acirrar em nossa sociedade industrializada. E nesse sentido, de educação e quebra de paradigmas os acho bem relevantes.   A Bow- House é um exemplo. Projeto da arquiteta Stephane Malka foi construído usando esquadrias reaproveitadas em uma praça holandesa. FONTE Além do uso de material descartado, o projeto serve para mostrar como se pode aproveitar áreas públicas também consideradas degradadas com um espaço de todos, um abrigo que acolhe quem por ventura ali passar. Um espaço que se agrega e como que se conforma em um envoltório emocional, preenchendo os vazios e garantindo privacidade.   A própria maneira como se montam as port

Dez anos - mudanças no Arquitetando Ideias

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2004. Dez anos atrás iniciava o ARQUITETANDO IDEIAS aqui no blogger. No princípio um local para guardar e replicar coisas que via e pesquisava. Aos poucos foi se transformando e me transformando. Virou um local de questionamentos, de expansão de ideias, de vida!   Hoje iniciamos uma nova etapa. Havemos domínio próprio! Nunca me liguei muito nisso. Sempre me liguei mais no conteúdo, no que poderia contribuir. E espero realmente ter contribuído com muitas pessoas. Vocês contribuíram e muito na minha vida. Houve momentos nesse último ano que se não fosse o Arquitetando Ideias acho que teria saído de mim. Enfim, sobrevivi. O blog sobreviveu. Cresceu. Virou gente grande. E por isso algumas pequenas mudanças. Não no conteúdo, na forma. Espero que gostem. Eu gostei. Então de hoje em diante www.elenaraleitao.com.br está aqui, com o mesmo carinho e pesquisa de sempre. Arquitetando ideias sobre uma arquitetura mais humana, mais inteligente, mais sustentável, mais inteira. Falada de forma que tod

EcoHare - educação ambiental no umbigo do mundo

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Pensem comigo: que exemplo mais parecido com o planeta Terra que uma ilha isolada de tudo? E é mais ou menos isso que a Ilha de Páscoa é. O umbigo do mundo. Um lugar de difícil acesso, mesmo nos dias de hoje. Mas...um local que chama a atenção de turistas. E estes e a população consomem. E deixam resíduos. (Já li que geram algo em torno de 8 toneladas/dia na alta temporada!). E o que fazer com este lixo todo???? Pois foi o a solução encontrada que me chamou a atenção quando vi o terceiro episódio do Pacto pelo Planeta na NatGeo.  FONTE A Ecohare - o nome já revela a mistura de princípios de sustentabilidade com a palavra com que os habitantes da Ilha de Páscoa denominam as casas em Rapa Nui- é mais que uma casa feita de garrafas de plástico, de vidro e pneus reciclados. É um símbolo bem interessante da conscientização ambiental. A ideia que norteou o projeto foi chamar a atenção para o problema do lixo, ajudar a conscientizar na necessidade da redução do consumo e desc

#minhapagina60 - minha história sobre a Feira do Livro

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É tempo de feira do livro e sempre é um tempo que se espera com ansiedade. Já falei sobre isso em batida do ponto . Esse ano a Feira vai fazer 60 anos e para comemorar essa baita história, os organizadores bolaram uma campanha emocionante. Abrir páginas 60 dos livros e compartilhar, seja em fotos, seja em vídeos. Eu fiz essa experiência hoje, ao visitar a mostra do Moacyr Scliar no Santander Cultural. Confesso que a página do livro que abri tinha tudo a ver com os momentos atuais. Eu gosto de fazer isso, abrir e ver a mensagem do livro. Vocês não?   O livro de onde li a página.   E aqui o espaço que mais me impactou na mostra. Entrar por um corredor, escuro, um espaço como se fosse uma passagem de mundos, que simbolizava a vinda dos imigrantes judeus chegando ao novo mundo e à cidade de Porto Alegre. E ao sair do túnel, um Bom Fim reproduzido em fotos e com suas ruas delineadas no chão me emocionou deveras.   E minha estreia nos vídeos contando minha história sobre a

Parasite Pavilion - emoções na passagem

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O Parasite Pavilion foi projetado para a Bienal de Veneza de 2014 usando um sistema de arcos auto sustentáveis e com impacto zero. Uma parada que permite uma experiência sensorial fantástica em meio à exposição. O interessante dessa experimentação é criar no visitante um impacto ao entrar e percorrer o espaço que se abre. É permeável, mas é abrigado. Conforma mas se abre ao infinito. Projeto de Pier Alessio Rizzardi com a colaboração de Hsieh Ying Chun | WEAK! Architects.     Essas experiências de corredores que levam à espaços e nos trazem emoções me lembram dois locais em especial: a entrada da catedral de Brasília, onde pela primeira vez senti na prática essa sensação do recolhimento que levava da luz do espaço exterior à luz do interior, passando pela transição do confinamento do corredor. Outra vez foi quando vi a Guernica em Madrid. Ainda em um pequeno museu, passava pelo corredor de rascunhos para chegar ao espaço todo negro onde o quadro era o ponto focal. Es

Patrulhamento - não caia nessa

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Acompanhando os inúmeros comentários em redes sociais, jornais e sites vejo que algumas pessoas concordam em um ponto, em meio ao mar de divergências que vivemos nos tempos atuais: A imensa intransigência que perpassa no comportamento de quem, em vez de argumentos, usa de paixões extremadas em forma de xingamentos e estranhamentos para com quem não pensa exatamente como eles. Dos comentários aos atos nas ruas vemos que essa rigidez revela um comportamento que eu chamaria de patrulhamento.  Estranhamento pelo diferente é algo normal. Diria que nosso condicionamento cultural nos leva a ter um olhar diferenciado sobre o que não é comum. Se esse olhar vai se transformar em repúdio ou fascinação e vontade de saber mais, vai depender do que?  Não sou psicóloga e nem estudiosa do comportamento humano para discorrer sobre teorias que nem cheguei a estudar. Mas....tenho alguma experiência de vida para notar que o estranhamento do adulto se difere um pouco do da criança. Talvez os pr

Prá não dizer que não falei de flores

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Me permitam ser leve. Não vou falar de escolhas, não vou falar de eleições. Tenho minha posição, você tem a sua, temos as nossas.  " Alea jacta est " Hoje vou falar de flores. Das flores que nascem de nossas sementes. Das flores que nascem de nossas vontades. Das belezas que florescem de nossas ações. Arranjos que fazemos de nossos atos cotidianos. Eles formam a teia de retalhos que cobre nossas vidas, que nos conforta. Ou não.  Ano pessoal de desapego, dolorido desapego, pedindo uma faxina de alma. Uma formatação do software interno. E nada mais apropriado que lembrar de flores. De beleza, de leveza. Dentro desse princípio, juntei uma série de imagens que fazem bem aos olhos. Entendam como um presente de alma para alma. De sensibilidade para sensibilidade. Escolhi arranjos e flores que me encantam. Flores raras e flores simples. Mistura de complexidade e singeleza que constrói realidades belas. " Prá não dizer que não falei de flo

Ideias para ter mais verde em sua vida

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Fonte Com esse sol tão lindo da semana deu uma vonta de estar perto do verde. E reuni algumas ideias de como podemos fazer isso no meio urbano.  Mora em casa e tem um cantinho do jardim para guardar de tudo? Lá em cas isso sempre foi hábito. Uma vez meu pai teceu uma trama com o mestre de obras para construir seu quartinho porque eu tinha me recusado a coloca-lo no projeto (viu, não dá para ignorar cliente, nem os de casa...mea culpa). Então, aqui no RS é comum nas casas de interior se ter um espaço para a lenha. Vejam que charmosa essa casinha para entulhos com teto verde e fechamento em toras! Amei!     Fonte   E de repente na limpeza sobrou algumas pecinhas, tipo gavetas e malas antigas? Que tal um jardim de suculentas? Eu achei um charme!  Fonte   E a bicicleta??? Jura que não é bárbara essa solução? Um trilho, um caixote com teto verde pra ciclista nenhum colocar defeito.   Fonte   Aqui já entrei no sonho. Juro que iria querer morar em um lugar assim. Devo te

Rococó gastronômico - hedonismo puro!

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Jean Honoré Fragonard , um ariano do mesmo dia que eu, pintor francês com grande produção, mas nem tanta popularidade assim na sua época, foi o tema da excelente palestra do professor Dr. José Augusto Avancini no almoço Clio .   Em momento hedonista de vida, estava realmente precisando me debruçar sobre a arte e a sua maravilhosa maneira de acrescentar em sensibilidade e despertar meus sentidos para novas percepções da vida. (Parenteses: me lembrei de um livro que li no milênio passado chamado As portas da percepção de Aldous Huxley ) e o motivo é que a Arte tem um efeito de uma droga alucinógena para minha mente como as experiências descritas no livro. É como se eu me refinasse, como se as pinceladas, as intenções do artista servissem de porta para que novas luzes se abram novas maneiras de sentir e ver.   E nada melhor que abrir essas portas com uma bela aula sobre algo que eu desconhecia e que me fascinou, unida a um belo almoço, um bom vinho e uma excelente compa