Cadeiras diferentes e o que elas propõem
Dos móveis que utilizamos cotidianamente, talvez um dos mais emblemáticos sejam as cadeiras. Elas são um eterno desafio para os designers. Como fazer peças novas, como projetar algo que não tenha sido antes pensado? Passamos por releituras, por novos conceitos, por desconstrução, por ousadia. Como fazer o diferente em um objeto aparentemente tão simples?
O diferente nos atiça. Aguça vários sentimentos em nós: estranheza, curiosidade. Algumas vezes fascínio. Em outras ojeriza. Mas uma coisa é única: ele não causa indiferença.
Design é conceito
O que se quer de um bom design de mobiliário
Fiz uma brincadeira. Comecei a escolher algumas cadeiras pela estranheza que me causaram. Mas não apenas algo esquisito na acepção mais comum da palavra. Mas aquele estranhamento que causa curiosidade, que dá vontade de olhar mais. Que causa um riso divertido. Que cause uma possibilidade de uso.
Não analisei quem as projetou, nem para que as projetou. Só me detive no resultado final. Alguns são montagens de peças, duas cadeiras completamente diferentes que se unem. Outras são uma união de materiais aparentemente não tão harmoniosos, como o concreto e plástico.
Algumas falam de conceitos como livros que se abrem em "páginas" de tecidos. E outras ainda nem precisavam dizer que foram criadas por um designer oriental porque suas formas falam por ela.
Outras ainda são escrachadamente divertidas. E bem mais ocidentais. Lembram hábitos de consumo. Para uns um ovo estrelado, para outros café ou chocolate derramado. As formas por si só são mera formalidade. Ganham sentido na percepção que cada um forma dentro de si. Olha aqui o observador atuante como elemento definidor do design.
O novo e o antigo se unem em uma proposta simples que fala tanto. Fala da reciclagem, do aproveitamento, de uma época de formas sinuosas, de uma claridade e clareza que se pretendem no móvel. Falam da transparência do criador em unir épocas, materiais, ideias de mundo.
Boa cadeira tem quatro pés. Abertos. Será? Uma que os tenha mas em postura recatada como uma denúncia de "bons modos" que se subverte. Divertida sim. E com conteúdo.
Formas. Materiais que se unem. Simples. Mas de forma tão bela. Seriam confortáveis? Talvez não. talvez sim. Nem sempre a utilidade é a meta prioritária de uma proposta. Mas pensando bem, na nossa vida também é assim. Ou não?
Fonte das imagens
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