Forest House - reflexões sobre leveza e vida
Forrest Gump. Passou na TV a cabo e vi o final. Novamente. Gosto da história do perdedor que se torna vencedor. Americanos adoram também. De certa maneira é um pouco da história de cada um. Não somos sempre príncipes ou princesas, perdemos e muito no decorrer da vida. Mas também tenho meu lado otimista que teima em correr em frente, mesmo meio inocente, mesmo meio boboca, mesmo meio Forrest Gump tantas vezes na vida.
E inspiração vinda do voar, voar, voar me levou às casas da floresta (perdoem o péssimo trocadilho), meio cara de histórias em quadrinho, meio cara de quem vira pássaro e vai, feito pena para perto da casa dos sonhos....
Quem me lê, quem me acompanha, sabe que minha alma é resiliente para caramba, mas também é meio crédula. Muito crédula. Muito com vontade de ser princesa de contos de fadas em que tudo se resolve com uma varinha mágica ou uma fada que faz pirilimpimpim. Mesmo que essa fada seja eu. Mesmo que o pózinho mágico surja do suor de todo dia e que as conquistas sejam resultado de muito trabalho.
E assim, me encantam também os refúgios na floresta. Quem não? Talvez os mais urbanos, os que curtem baladas e vida frenética. Sempre. Eu não. Preciso do silêncio e do barulho da natureza. Nem que seja de vez em quando.
E embora adore mar, esse local para mim tem que ter muito verde! Talvez porque as plantas me recarreguem, me levem mais ao encontro de mim mesma. O que não é lá muito fácil já que sou uma pessoa relativamente complexa. Embora me considere muito, muito básica. Mas devo admitir que básica e simples não tenham o ponto de convergência que sempre acreditei ter.
Nostálgica pelo filme talvez. Nem tanto pelo filme em si, mas por lembrar que somos o que somos e que o mundo carece dessa nossa individualidade que é, em ultima instância, o que de melhor temos para deixar de legado.
Pensando bem, até essa história de deixar legado para o mundo não combina com simplicidade. Pretensão minha achar que farei alguma diferença, que uma semana, se tanto, depois que me for dessa dimensão, ainda restará um alma que me pranteará achando que eu devia ficar mais tempo pela absoluta precisão de mim. Qual o quê, haverá quem sinta saudade, mas o mundo continuará seu ritmo normal que nossas sementes se ficam, são como penas que voam ao sol.
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