Playroom cinza
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Leitura boa para desopilar a cabeça. Pois bem, foi essa a sensação que tive lendo 50 tons de cinza, o best seller do momento. Em geral não é o tipo de romance que me seduz, mas as facilidades da tecnologia acabam facilitando a leitura dos líderes de venda. Eu ouvi que era vendido como um soft pornô, ou seja lá o que isso signifique. E que vendeu MUITO desde o seu lançamento. E MUITO é muito mesmo, tanto que enriqueceu sua autora E.L. James quase que da noite para o dia. Mérito dela que descobriu (ou redescobriu) uma fórmula que vem vendendo por décadas. Na verdade o livro me pareceu uma dessas novelinhas que descrevi acima, mesmo enredo, com uma descrição mais detalhada dos momentos íntimos, bem ao gosto de nossos tempos de muita exposição e pouca entrega.

Ou talvez seja uma metáfora de nossos tempos atuais em que precisamos de um mestre, um alguém para temer/amar/obedecer. E sob uma camada de glamour, beleza e muito dinheiro, fica a mensagem que tapa não dói. Ou dói mas dá prazer. Tudo regado a champanhe cara e presentes idem. Edificante ? Nem tanto, talvez no fundo muita mulher tenha seus momentos de sonhar com menos liberdade e obrigações e mais sonho e submissão. Horror para os tempos atuais ? Eu falei sonhar. Não falei em realizar.
Leitura rápida, bem bom para um domingo preguiçoso. Talvez eu esteja querendo tirar dele mais do que oferece. Ou seja, é o que é.
E porque um blog de Arquitetura e afins está se ocupando desse livro ? Porque a vida é feita de bem mais que arquitetura. Porque a gente pode apenas ler bobagens, ver série enlatada e alargar a cabeça. Porque a arquiteta aqui está de cabeça cansada e precisa exatamente desopilar. Porque sim. E pronto.
Elenara,
ResponderExcluirQue maravilha de post, muito bom, de uma clareza q profundidade, disse tanto de forma concisa,
Parabéns
Arnobio Rocha
Elenara,
ResponderExcluirnão li o livro, mas sua observação final matou a pau!
Nada mais esperável que também as mulheres, hoje tão ou mais cheias de reponsabilidades e obrigações do que os homens, sonhem com a agora antiquada entrega submissa, que não se engane, também permeia o imaginário masculino...
Mesmo que só para desopilar, seus posts são primorosos!
Oscar Müller
Obrigada Arnóbio e Oscar,
ResponderExcluirAplausos dos amigos sempre são um incentivo. Ainda quando se escreve sem pretensão de conteúdo. Valeu. Abração
Muito, muito bom.
ResponderExcluirValeu o desenho do que você pensa e a cor...
E você pode acrescentar no comentário, indicações de livro. como faz a Márcia...
Uma amiga que mora na Europa me falou maravilhas a respeito do livro, que ja estava no segundo volume, devorando a cada folha. Comprei assim que os primeiros exemplares desembarcaram aqui em SP. Resumo: nao consegui passar da metade do primeiro volume.
ResponderExcluirAssim como tu, li Julia e Sabrina desde que lancaram os primeiros, bem inocentinhos ate os mais apimentados. Portanto, 50 Tons me pareceu aqueles velhos romances repaginados.
Alem do mais nao gostei da quantidade de mencao a marcas famosas como Audi, Blackberry, etc.
Me surpreendeu muito 50 Tons de Cinza cair no gosto da mulher brasileira que a meu ver e bem a frente da heroina do livro.
Rejanegaucha@twitter
Amiga querida (aqui Tereza)
ResponderExcluirNenhum interesse no livro, mas o teu comentário....noooosssa é esclarecedor e parece de uma profi dos assuntos literários. Parabéns! Quem sabe numa dessas até dá prá ler o dito cujo. bjs