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Visita à arte na cidade dos mortos

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Visitei a cidade dos mortos.  Poucas vezes fui a um cemitério por motivos outros que não a partida de alguém amado/conhecido.  Uma vez por desafio, era noite, em outro país. Outra a passeio, também em outro país. E agora para conhecer a arte funerária em um cemitério de minha cidade. O desafio desta veio de um almoço Clio onde a professora Dra Luiza Neitzke nos apresentou um panorama onde a " arte revela símbolos, conhecimento, poéticas de muitas eras e a história social e de nós mesmos." Passando pelas inspirações de cemitérios europeus onde a arte funerária vinha ornar os túmulos porto alegrenses, em cópias de maior ou menor rigor estético.  As cópias mais utilizadas, as histórias de amor e perda, e imagens simbólicas que retratam as saudades dos mais abastados que conseguiam se distinguir até na finitude. Leia aqui A melancolia e a arte cemiterial Após a palestra do almoço fomos em grupo ao mais antigo cemitério da cidade: o  Cemitério da I...

As pedras falam e podem ser portais de poesia em Porto Alegre

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Tão bom participar de um momento de celebração de sua cidade de uma forma inusitada. E encantadora! Quando eu vi o tema falando de pedras e com tema de interesse ligado à geologia, o que me chamou a atenção foi o título: as pedras falam. Como arquiteta estou acostumada a lidar com vários tipos de pedras. E sou conhecedora de seus valores simbólicos. Mas confesso que fui surpreendida com uma visão tão poética que me senti transportada a outro universo, algo muito necessário nos nossos dias tão carentes de sutilezas. Já falei aqui das experiências culturais gastronômicas no Studio Clio . Porém poucas vezes fui recebida com tanta demonstração de genuína alegria e gratidão pela presença. Começou aqui o encantamento do casal Emília e  Tomohiro Ehara . Ele japonês, ela brasileira, são ceramistas no Atelier Ko e vieram nos mostrar resultados de suas descobertas sobre locais de onde vieram as pedras que formam nossa cidade, seus monumentos, seus prédios icônicos.  ...

Bistrô com proposta de zero gasto em exposição

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Uma experiência gastronômica que reúne a diretriz de não desperdício, da comida ao projeto é a proposta do  Zero Waste Bistro que foi construído para uma feira em Nova Iorque com projeto colaborativo da designer finlandesa  Linda Bergroth  e da  Finnish Design Shop  .

Obra de Debret...e a pergunta: Pode-se conter o artista?

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Quem me acompanha há mais tempo aqui no blog, sabe que uma das minhas diversões prediletas são as atividades gastronômicas culturais (e etílicas) do Studio Clio . Elas me dão um refresco na alma e me garantem um alento de sobrevivência porque sem Arte e sem diversão a Vida fica muito pequena. E chata. O tema do almoço cultural era o olhar de Debret sobre a realidade do Brasil oitocentista. E é interessante destacar como os estados (leia-se aristocracia reinante) de então se valiam dos artistas para passar o seu recado. Pensem que afinal não havia redes sociais, não havia fotografia e cabia aos artistas, especialmente os pintores, a tarefa de mostrar como eram e como viviam os poderosos. E talvez fosse isso o que motivasse tantos mecenatos (e ora vivas que assim o fosse!). Ganhamos todos nós com obras que retratam a arquitetura, os palácios e os acontecimentos importantes.  Mas ( e aí se encontra um poder fantástico do artista - ser desafiador e curioso), muitos desses q...

O Velhão, a Véia e o resgate do passado

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Já falei várias vezes que sou uma fissurada pela História e talvez essa fosse minha segunda opção de profissão. Saber o que houve antes de nós, como as pessoas reagiram e como aconteceu o que aconteceu é das lições mais valiosas para conhecer os seres humanos. Porque digo e repito sempre: a tecnologia evolui mas a humanidade e suas paixões permanecem as mesmas... Então imaginem como achei interessante saber desse espaço em São Paulo onde amigos foram almoçar. Primeiro porque uma metrópole (cada vez mais cinza) como a capital paulista sempre me esconde surpresas que me fazem ama-la. Apesar de.  "....Porque és o avesso do avesso do avesso do avesso"       O Velhão e sua inusitada história . Que começa na vontade e desejo (são o mesmo?) de alguém que curte o passado. E o resgata na forma de objetos. Tanto o faz que acaba virando um negócio e para isso compra uma gleba de terras no "meio do nada" que era a região da Cantareira na ocasião.  ...