Sites que desaparecem e a gente se sente orfã : Polyvore

 Com o advento da internet e dos maravilhosos sites e app que surgiram para facilitar nossa vida, muitos de nossos problemas acabaram.

Acabaram? Nem tanto assim. Nada é perene na internet. A imagem da nuvem que tudo guarda é talvez a melhor metáfora de uma época de liquidez extrema. Os meios de armazenamento vão mudando com uma velocidade que acompanha o aumento da velocidade com que navegamos.


Os disquetes caíram de uso, assim como os cds vão se tornando obsoletos e com eles nossas memórias em forma de imagens e lembranças. Talvez dentro de anos, sejamos um paradoxo: uma época em que tudo se registrou e quase nada se guardou. Sim, eu sei que a nuvem guarda, mas meio que sem critério. Os aplicativos antigos em que se podia organizar de forma quase automática, deram lugar à armazenamentos imensos, alguns pagos, mas que nada facilitam o acesso. Teremos nossos guardados em algum lugar na nuvem, talvez mais inacessível que os porões ou armários de antanho, que guardavam velhos álbuns amarelados, cheios de fotos impressas de pessoas cujos nomes já não lembramos. 

Me sinto assim nostálgica a cada site que saí do ar. Os fotologs da vida, os antigos geoticities, o orkut e seus grupos tão úteis que rede social nenhuma conseguiu reproduzir. O picasa que organizava fotos e que teimo em usar, mesmo cheio dos bugs de programas que não são mais atualizados. E o Polyvore
A Polyvore era um site de comércio social com tecnologia comunitária com sede em Mountain View , Califórnia . [2] A função moodboard virtual da empresa permitiu que os membros da comunidade adicionassem produtos em um índice de produto compartilhado e os usassem para criar colagens de imagens chamadas "Sets". [3] Eles também podem procurar por inspiração em outros usuários, compartilhar conjuntos com amigos e interagir com pessoas através de comentários e curtidas. [4] Devido à natureza visual da ferramenta, Polyvore foi usado principalmente para construir conjuntos nas áreas de decoração, beleza e moda. ...Em 5 de abril de 2018, a Polyvore anunciou que havia sido adquirida pela SSENSE e cessaria as operações imediatamente. Os usuários que desejam salvar os dados da sua conta foram direcionados para um formulário de solicitação no blog do Polyvore. (Wikipédia)

Usei demais o Polyvore para criar imagens para o blog, para simplesmente me divertir, para interagir com outras pessoas, para descontrair. Recentemente recebi uma mensagem para poder baixar a minha produção por lá e me lembrei do quanto era útil para criar imagens diferentes, juntando figuras e usando peças de cunho comercial.
Não apenas eu me sinto órfã. Várias pessoas tem escrito a respeito, algumas apontando alternativas ao uso do Polyvore.

Me ponho a pensar em como as coisas se sucedem de maneira tão rápida nesses nossos dias. Ao mesmo tempo em que parece que tudo podemos, as coisas se desmancham no ar, "como picolé ao sol" como diria o poeta que também, já não está conosco.

Somos passageiros. O que criamos é passageiro. Por mais que tentemos mante-los perenes como o fizeram os construtores de grandes obras como as pirâmides, os monumentos e templos, eles só atestam a nossa mortalidade. Que saibamos aproveitar nossos momentos por aqui.

Gostou? Compartilhe e nos siga também nas redes sociais 

Twitter Flipboard Facebook Instagram Pinterest snapchat: arqsteinleitao


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

10 motivos para NÃO fazer arquitetura

10 ideias de almofadas e afins para gateiros

Ideias de enfeites de Natal em Macramê