Casa criativa premiada - Murphy House (Casa do Ano RIBA 2016)


Este é pior que eu...Mal consegue passar pelas escadas, cria aberturas escondidas até onde não carece, mas tudo absolutamente primoroso, finamente acabado! Oscar Muller
Assim me chegou o email do colega Oscar (e já falei dele em um arquiteto de primeira) com um link para um vídeo no you tube. Como conheço os projetos do Oscar e sei que ele cria coisas fantásticas em espaços que se transformam, fui conferir e eis que encontro essa casa - A Murphy House, localizada em Edimburgo, e projetada por Richar Murphy ( e segundo li inspirado no trabalho do arquiteto italiano Carlo Scarpa - que aliás merece um estudo mais aprofundado).


O vídeo mostra um projeto cheio de detalhes e espaços inesperados e bem bolados. Tanto que recebeu o prêmio de Casa do Ano 2016 pelo Instituto Real de Arquitetos Britânicos.
"A Murphy House é o melhor exemplo deste ano de como superar restrições desafiadoras - do planejamento de restrições e um local estranho em um local urbano - para construir uma casa deslumbrante. Parte quebra-cabeça, com seus espaços ocultos e inesperados, e parte Wallace e Gromit com suas peças em movimento e paredes desaparecendo, esta é uma casa modelo de perfeição pura e um vencedor digno da casa RIBA do ano de 2016." (Fonte)
 
Uma casa que levou quase dez anos sendo construída. E obteve uma licença especial do Conselho de Municipal de Edimburgo em decisão que não foi unânime na época. Sobre a liberação disse o arquiteto:
"Esta decisão sublinha que os conselheiros de Edimburgo - embora talvez nesta ocasião, não os seus responsáveis ​​pelo planejamento - tomem uma atitude progressista em relação ao contínuo aperfeiçoamento do patrimônio mundial com um design sensível e contemporâneo de alta qualidade". (Fonte)
Com estrutura em aço, a casa de 165 m2, está localizada em um lote considerado estranho e em área de patrimônio histórico da cidade. 

O telhado inclinado é feito de vidro com células fotovoltaicas e serve tanto para prover iluminação como captar energia do sol e conta com mecanismos de regulação para que o telhado seja fechado ou aberto conforme a necessidade do clima.  
O que fascinou o juri (e eu mesma) foram os elaborados detalhes de espaços que em cada um dos cinco níveis da casa, sempre reservam uma surpresa, seja em forma de vãos de iluminação, seja em espaços que se movem e se transformam.   
É o tipo de projeto que mostra que uma casa não se faz só de paredes e que a criação dos espaços internos é inerente ao ato de projetar. Como tratar a ambientação como um adendo a ser feito em tempo posterior? Como criar um conceito de casa, sem atentar para os detalhes que comporão sua arquitetura interna? Não concordam?





Fotos © Keith Hunter.

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snapchat: arqsteinleitao 

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