Porto Alegre - 238 anos

Olho o mapa da cidade
Como quem examinasse
A anatomia de um corpo...

(É nem que fosse o meu corpo!)

Sinto uma dor infinita
Das ruas de Porto Alegre
Onde jamais passarei...

Há tanta esquina esquisita,
Tanta nuança de paredes,
Há tanta moça bonita
Nas ruas que não andei
(E há uma rua encantada
Que nem em sonhos sonhei...)

Quando eu for, um dia desses,
Poeira ou folha levada
No vento da madrugada,
Serei um pouco do nada
Invisível, delicioso

Que faz com que o teu ar
Pareça mais um olhar,
Suave mistério amoroso,
Cidade de meu andar
(Deste já tão longo andar!)

E talvez de meu repouso...

Mario Quintana


Pelas ruas de Porto Alegre encontro tanta coisa bonita. 

Túnel de verdes, arrebatando a alma em plena urbe.

Rio que é lagoa, ou vice versa, enfeitando a paisagem.

Pôr do Sol que aqui é mais belo porque o porto alegrense o vê com paixão sobre o seu Guaíba, enfeitando cores ao lusco-fusco.

Vejo uma ponte que se levanta e deixa passar navios cheios de mercadorias. 

Vejo símbolos  de uma cidade que se faz bela pelo olhar e amor de seus habitantes.
Vejo um Porto. Alegre...   


Fotos : Elenara Stein Leitão

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