E o Oscar vai para...

Na verdade eu não vi todos os filmes que concorrem ao Oscar 2013. Vi apenas O Lado Bom da Vida. Que é um filme bom, mas mediano. Quero falar de outro filme que não vi (ainda), mas que me chamou a atenção desde que ouvi falar de sua história. Amor. A história creio que muitos já sabem do que se trata, um casal apaixonado que envelhece e vive as agruras da doença, da senilidade, do fim. E aí reside o que quero falar. Os comentários que ouvi sobre o filme. Que iam do "Não vai ver que é triste" ao "Pelo amor de Deus não vá que é deprimente". 

Eu, que convivo com a doença, com a senilidade, com o envelhecimento de duas pessoas que amo demais, meus pais, no meu dia a dia, sei o quão triste e deprimente é ver as pessoas que se ama se findando. Mais que a fragilidade física, a mental nos mata por dentro. Nossos heróis, nossos amores, nossa força se esvai naqueles braços frágeis, nas pernas que cambaleiam, na mente que esquece. Não é fácil. É duro. Mas aí que o Amor se revela. 

Amor não é apenas barriga de tanquinho, pele dura e tesão bonito. Isso também é. Não é apenas dias de festa e sorrisos. Amor é apesar de. É doação. É compreensão pelas limitações e pelo sofrimento que a presença da morte causa.

Há várias formas de enfrentar. Fuga é uma delas. Aceitar e entender o papel da Vida outra. E para mim essa é a mensagem do filme. Pode não ganhar o Oscar. Isso é apenas uma estatueta. Mas pode sim ganhar um significado que não tem preço: aprender que o Amor de verdade significa. Dentro de cada um.
 




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