Arquiteto - artista e/ou técnico ?

Imagem de Elenara Stein Leitão feita no Polyvore


"O arquiteto é essencialmente eclético, por isso, se encaixa nas três atividades (artista, profissional liberal, empresário) e em mais outras tantas. Nosso trabalho é criar instrumentos de cidadania, construir nosso estar-no-mundo. Ao procurarmos dar forma à encomenda, somos interpretadores das necessidades do homem: na família, nas instituições, na cidade, no País. O arquiteto tem de saber interpretar todos os sinais e as dimensões de cada situação. Sintonizado com as tecnologias e estimulando o avanço delas. Tem de ter a capacidade de participar da produção como um agente crítico, propondo soluções e  encontrando caminhos mais completos, mais abrangentes. Afinal, arquitetura é o espaço-síntese de toda a cultura." Gustavo Penna
Pois é, uma discussão e tanto. E uma excelente reflexão que corre em uma lista de arquitetura que participo. Afinal Arquiteto é artista, é técnico, é ambas as coisas ? Até que ponto o do cliente é relevante, ou mais preponderante que o sonho do Arquiteto ou a sua visão do que aquela obra poderá reverter para o mundo ou sociedade em questão. Se formos pensar na Arquitetura como contribuição cultural é meio obvio que ela se aproxima das Artes, das grandes obras que marcaram época, que mais que construções foram - e são - beleza, instigação, descoberta, mensagem. 

Mas e na vida comum ? Na sua casa, no seu apartamento, na sua vida ? Você procura em mim, em nós, uma reflexão sobre o momento da sociedade, sobre o seu momento...ou procura uma resposta técnica sobre um problema técnico ? Você procura um arquiteto autoral, com conteúdo, é obvio. Ou procura um profissional que lhe dê assessoria na construção ? Ou os dois ?

Você pagaria para alguém realizar o sonho dele sobre a sua (dele) concepção para o seu problema ?  Ou gostaria de fazer isso em conjunto ? Falando assim parece meio obvio, mas vou fazer uma analogia bem singela com um exemplo bem prosaico que me aconteceu. Eu ia sempre no mesmo cabeleireiro, e pedia o mesmo e ele fazia. E eu descontente porque ficava sempre com a mesma cara...já ia mudar de profissional quando um dia pedi algo novo. Ele me olhou sério e disse: então tem que se entregar. E foi o que fiz. Morrendo de medo. Mas fiz. E deixei que a veia artística dele fluísse. E o resultado foi o que eu queria há muito tempo: mudança e das boas. E esse "tem que se entregar" me acompanha hoje em muitas situações. Seria muito diferente para um cliente ? Estaria ele disposta a se entregar para obter o que nem ele mesmo sabe direito o que será, mas será algo novo, algo que o faça sonhar ?

Deixo com você que me lê essa indagação. Gostaria de saber como você pensa a respeito

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