Ouça sua mãe na hora de projetar
Estava lendo um texto delicioso sobre como a mãe do autor parou de preocupar-se e passou a amar a arquitetura (aqui em inglês). Ele narra as histórias familiares de projetos e construções até a sua própria trajetória quando se deu conta que sua mãe era absolutamente funcionalista e não dava a mínima para estética que ele cultuava. Ou aprendeu a cultuar.
Fonte |
Talvez a leveza e o minimalismo não fizessem parte da memória cultural de sua mãe ou ela apenas pensasse que suas crias não iriam ser felizes em um lar tão despido de emoções e apelos espaciais...Vá lá se saber.
Mais tarde eu cheguei à conclusão, que se você quer saber se uma casa é realmente boa, você a mostra para sua mãe. Porque ela vai ver além de seus conceitos fartsy(1), além dos modelos manchados de sangue que você labutou por noites em fim, além do papel cheio de lágrimas.... Ela vai ver como o mundo vê. Ela provavelmente vai se envolver, enquanto você já se mudou para o próximo projeto.....
E eu fiquei meio que rindo sozinha lembrando de opiniões de minha mãe, em geral sarcásticas e cortantes, sobre alguns de meus projetos. Vou chamar um arquiteto era fatal quando eu demorava para dar uma solução satisfatória para ela. Curta e grossa. Me arrasava com seu jeito elegante de me dizer que me esforçasse mais.
Outra que adorava: arquitetos sabem resolver projetos em terrenos estreitos. Aí fazem maravilhas! Mas quando tem espaço de sobre...como se embananam. Talvez nenhum crítico de Arquitetura tenha resumido tão bem alguns mostrengos que saíram de pranchetas bem intencionadas.
Talvez a lição materna mais importante na hora de projetar seja: Simplifique. Faça que funcione. Não tente reinventar a roda se você não for gênio. Faça bem o que aprendeu e ajude as outras pessoas com bons projetos.
Comentários
Postar um comentário
Sua opinião é super importante para nós ! Não nos responsabilizamos pelas opiniões emitidas nos comentários. Links comerciais serão automaticamente excluídos