Viro carranca para defender a natureza e o Velho Chico
Quando soube da campanha Eu viro carranca para defender o Velho Chico fiquei encantada. Primeira pela história que o rio São Francisco exerce sobre mim. Nunca esqueci das aulas de geografia e do velho rio da integração nacional. Um rio que passava por vários estados e unia povos e saberes. Outro motivo é pela intensa admiração que tenho pelas campanhas de mobilização das pessoas pelo patrimônio ambiental. Já falei disso aqui quando contei a história da rua mais bonita do mundo que fica em Porto Alegre e o motivo dela ter esse título: a união de seus moradores pela sua preservação.
Mobilize-se! Participe! Juntos vamos eleger o dia 3 de junho como o Dia Nacional em Defesa do rio São Francisco!
E foi quando me dei conta que sobre a minha mesa da sala repousa um livro desde muito que se chama....Rio São Francisco : o rio da unidade. Repleto de fotos que retratam a história e contam mitos, inclusive sobre a origem das famosas carrancas e que hoje são o tema da campanha que pretende chamar a atenção de todos para o Velho Chico e sua defesa.
O rio, exuberante na sua origem, vai sendo utilizado como potencial gerador de recursos hídricos e de geração de energia. Mas um rio tão importante é também alvo de muito descuido que deve ser evitado. Quatro grandes temas são alavancados para chamar a atenção: REVITALIZAÇÃO, VAZÃO ECOLÓGICA, POVOS DA BACIA E DISPONIBILIDADE HÍDRICA.
E aí também me lembrei de um filme que vi faz muitos anos sobre um célebre coronel da região: Delmiro Gouveia que cria uma fábrica de linhas de algodão nas margens do Velho Chico, com boas casas para os funcionários, que foram alfabetizados e receberam condições de vida e higiene revolucionárias na época. E com isso prospera. Uma empresa internacional tenta comprar sua fábrica. Ele nega e mais tarde é morto de forma que nunca foi explicada. A tal empresa acaba comprando a sua, a desmonta e joga as peças no rio. E o seu sonho de progresso é morto com ele.
Me lembro que o filme terminava com um trabalhador dizendo que o dia que o povo trabalhador descobrisse seu valor, ninguém o segurava mais. Não se eram exatamente essas as palavras do filme, mas foi o que me ficou. E descobrir o seu valor é também saber lutar pelo que lhe importa. (veja AQUI o filme)
Autor : Elenara Leitão
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- Compartilhe as publicações da página da fanpage do CBHSF sobre a carranca.
- Coloce o banner da campanha em blogs e sites.
PS: Palavras do final do filme (para quem ficou curioso)
"Agora, o povo daqui nunca esqueceu o Coronel. A fraqueza do Coronel é que ele era só, sozinho mesmo, e aí atiraram nele e mataram a fábrica. Tenho pra mim que ele foi como um exemplo pra nós tudo....penso também que o dia em que o povo fizer as fábrica pra ele mesmo aí num tem força no mundo qui pode quebra nem derruba, porque num tem força maior que o do povo trabalhador, que trabalha, como as máquinas, e pensa, que nem gente”
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