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Sonho de habitar - casa na árvore

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Casa na árvore . Lembra infância, não lembra? Quem nunca quis secretamente ter um refúgio para chamar de seu, sumir do mundo e poder brincar de Peter Pan por algumas horas? Eu quero. Muitas e muitas vezes.  Confesso que uma cabana no meio do mato também me faria sentir uma espécie de fuga para uma Pasárgada particular.  O que teria esse sonho meu?  Um muito de cheiro verde. Mato. Mas não fechado, mato que fosse denso para cheirar bem, mas que deixasse filtrar a luz que sou pessoa movida à sol.  Longe do chão para que as feras de sempre, reais e imaginárias, não me alcançassem. Pelo menos não com facilidade. Um muito de aberturas. Nada de trancas, nada de barreiras. Apenas refúgio. Abrigo da chuva, do vento, mas abrigo que protege não que afasta. Uma rede para chamar de minha. Sentar em uma rede e contar nuvens, achando formas estranhas e conhecidas é algo que chamo de terapia. Minha terapia.  Outra é ouvir os sons da naturez...

Companheiro pela vida

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O que é um companheiro? É quem nos faz companhia em tempo integral ou quem está junto nos momentos mais importantes?... Um companheiro é amigo e delicado nos nossos momentos frágeis, mas nunca deixando de nos incentivar a enfrentar as inseguranças e ir em frente. Um companheiro tem sempre o braço protetor para nos dar um abraço comprido e nos fazer sentir amor e carinho, mesmo quando este abraço está distante alguns quilômetros... Um companheiro está junto, em pensamento, em coração, em sintonia com a nossa vida. Um companheiro sabe de nós, sem que precisemos falar. Compreende, escuta, e às vezes, mesmo sem concordar, apoia porque acredita em nós, acredita nesta coisa meio mágica que une duas cabeças e dois corações em uma cumplicidade bonita e silenciosa pela aventura da vida... Um companheiro é presente. Em corpo, em palavras, em gestos e sentimentos. Um companheiro é verdade, mesmo quando esta dói, mas precisa ser dita. Mas também é verdade no silêncio de uma verdade...

Que se faça acontecer

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Que se almeje o inalcançável. Que se sonhe com quimeras, que se construam utopias, que se viva com paixão. Que se lute por momentos mais intensos, com muita garra e tesão. Que se abram as comportas, que se rompam as barreiras, que se viva em comunhão. Que haja espaço para solidariedade, prá inteira liberdade de viver. Cada um com sua essência, olho no olho, coração. Que se grite: Liberdade! Que se brigue pela grande Revolução – a de ser inteiro novamente e de fazer parte da grande Criação. Que se levantem bandeiras, que se construam movimentos, que se preste homenagem a quem vive com paixão, a quem olhe com ternura cada momento vivido, cada dia que começa, cada pessoa que passa, com olhos de admiração, como quem presencia um milagre acontecendo. Que se queira a impossibilidade, que se busque o improvável, que se chegue (ao menos por instantes) ao mistério do incógnito, a magia de perder os sentidos, de viver sem razão. Pois que a Razão nunca construiu sonhos nem vislumbrou paraí...

Copa do Mundo

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A lembrança mais longínqua que tenho de Copas do Mundo é uma multidão na praça central de Novo Hamburgo, escutando uma transmissão de rádio em um alto falante. A multidão explodiu em gritos. Gol do Brasil. Devia ser em 1962 e eu devia ter uns cinco anos. 1966 passou voando. TRIM no TRI. Foi só um susto. Marcante foi a de 1970. Morava em Brasília e cada jogo era uma festa comemorada com buzinaço e carreata. Minha bandeira verde e amarela, feita pela mãe, foi roubada por um rapaz em um caminhão. O pai enfrentou a turma e recuperou meu troféu. Meu herói. Era tempo de bolinhos de Copa. Coisa boa...era tradição a cada quatro anos... Chegada dos campeões. Fomos de caminhão no Eixão, uma festa popular. Vivíamos numa ditadura, mas éramos TRI campeões do mundo. 90 milhões em ação...Prá frente Brasil, salve a seleção... 1982. Copa do final da faculdade. Trabalho de diplomação. Jogo ? Só de soslaio. Fomos campeões morais, nosso bonito futebol parou na Franca. Mas eu me formei. 1990. Itá...

Um quarto em Veneza

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Er a uma vez...  Um quarto em Veneza.  Não um quarto normal.  Era um quarto muito especial, pois tinha a capacidade de abrigar todos os sonhos que alguém se dispusesse a sonhar.  Por que Veneza, me perguntariam ? Se não era possível tal quarto em qualquer lugar do planeta aonde houvesse alguém que ainda olhasse o mundo com os olhos deslumbrados de um eterno estudante ? Sim, era.  Mas Veneza é desses locais mágicos, meio fora do mundo e do tempo, aonde o sonho parece mais crível, mais real. Ou alguém, que já tenha passeado por suas ruelas estreitas, deixa de acreditar que o Amor o espera sorrateiro na próxima janela, ou marcará encontro em uma madrugada deserta em plena São Marcos ?... Pois aquele quarto em Veneza era assim. Repleto de todas as esperanças que os corações guardam dentro de si, mesmo quando os anos teimam em passar e a aparência também teima em mudar. Mas deixando as divagações de lado e voltando ao quarto.  Era amplo, do ta...