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Mostrando postagens com o rótulo cidade amiga do idoso

Caminhar é um direito: cidades seguras e acessíveis são mais humanas e mais inteligentes

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  Na Semana do Caminhar 2025 (03 a 09/08), celebramos o gesto mais humano e simples: o de mover-se com os próprios pés. Desde 2017 ela é realizada, incluindo o Dia Mundial do Pedestre, no dia 8 de agosto. O tema de 2025 será sobre “Ruas abertas para pessoas”. Mas será que realmente temos algo a celebrar? Se formos olhar a realidade de nossas cidades, este gesto se tornou um privilégio. Na maioria delas o que vemos são falta de acessibilidade.  Em Porto Alegre, minha cidade, a chamada revitalização do Centro Histórico revela uma ferida cruel: a arquitetura da exclusão. O que deveria ser espaço de reencontro com o urbano, como sempre se caracterizou o centro da cidade, com seus edifícios e espaços históricos, virou campo minado para pessoas cegas, com calçadas niveladas ao asfalto, pisos táteis mal posicionados e lixeiras cortantes que ferem corpos e dignidades. Tudo isso em nome de uma “modernização” que ignora os princípios básicos do desenho universal. Esta não é apenas ...

Proteger o meio ambiente é também proteger quem envelhece

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Vamos refletir juntos sobre uma questão fundamental para a vida de todos:  O que é envelhecer bem? Para muitos de nós é ter saúde, autonomia, ar puro para respirar, sombra para caminhar, vizinhos por perto, segurança e, principalmente, paz de espírito. É poder sair de casa sem medo de alagamento, calor insuportável ou poluição. Parece simples mas já vivemos consequências de prejuízos ao meio ambiente e agora isto está ainda mais em risco. No dia 17 de julho de 2025, a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 2159/2021, conhecido por muitos como o PL da Devastação. Esse nome não é exagero. Porque apesar de parecer um tema técnico e distante, ele mexe diretamente com nossas vidas, nossas cidades e com o futuro de quem já viveu tanto. Vamos pensar juntos em como esse assunto diz respeito a todas as pessoas, especialmente as mais velhas. Afinal, o que muda com o PL? O PL 2159/2021 altera as regras do licenciamento ambiental, ou seja, o conjunto de exigências que empresa...

Arquitetura do afeto - habitar o futuro com o corpo inteiro

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A tecnologia sempre nos prometeu velocidade, eficiência, soluções. Mas o que acontece quando ela esquece a pele, o toque, a pausa? Quando as cidades ficam mais espertas, mas não mais gentis? A chamada Sociedade 5.0 , concebida no Japão e cada vez mais presente nos debates urbanos, propõe um caminho diferente: um futuro onde o digital não substitui o humano, mas o amplifica. Um futuro onde a tecnologia tem coração e a arquitetura escuta. Porque não basta falar de inovação: é preciso arquitetar cuidado. Habitar é mais do que ter onde estar. É se reconhecer no espaço. É sentir que ali se pode respirar com dignidade. É por isso que a arquitetura, nessa virada para a Sociedade 5.0, não pode ser mero pano de fundo. Ela deve ser matriz poética e funcional de inclusão, uma ponte entre a inteligência artificial e a sensibilidade humana. Enquanto algoritmos ajustam luzes e plataformas preveem diagnósticos, os ambientes ainda falam com o corpo. Com o tropeço, a sombra mal colocada, o cheiro d...

Cidade amiga da pessoa idosa

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Uma cidade amiga da pessoa idosa é aquela que promove o envelhecimento ativo, otimizando oportunidades de saúde, participação e segurança para aumentar a qualidade de vida à medida que as pessoas envelhecem. Em termos práticos, essa cidade adapta suas estruturas e serviços para que sejam inclusivos e acessíveis a pessoas mais velhas com diferentes necessidades e capacidades. A ideia de cidade amiga da pessoa idosa está alinhada com o enquadramento do envelhecimento ativo da OMS. Os espaços e políticas dessa cidade são pensados para proporcionar bem-estar e autonomia, abrangendo diversas áreas da vida urbana.  O Guia da OMS lista oito quesitos que certificam uma cidade como amiga da pessoa idosa: moradia, transporte, espaços abertos e construídos, apoio comunitário e serviços de saúde, comunicação e informação, respeito e inclusão social, participação social, e participação cívica e emprego. Esses tópicos são fortemente interligados e se reforçam mutuamente. Uma cidade amiga da pes...

Cidades e espaços rurais amigáveis para pessoas idosas

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Envelhecer é um processo natural da vida, e a forma como estruturamos nossas cidades e comunidades pode torná-lo mais acolhedor e seguro. Para que os espaços públicos sejam verdadeiramente inclusivos, é essencial considerar as necessidades das pessoas idosas na arquitetura e no urbanismo. A seguir, destacamos princípios fundamentais para tornar tanto os centros urbanos quanto as áreas rurais mais acessíveis e amigáveis para quem tem mais idade. Espaços urbanos pensados para o envelhecimento ativo Nas cidades, o envelhecimento populacional exige adaptações que vão além da acessibilidade. É preciso garantir que o idoso possa circular, interagir e viver com independência . Algumas diretrizes essenciais incluem: Acessibilidade total : Calçadas bem conservadas, niveladas e com piso tátil, além de rampas, corrimãos e eliminação de barreiras arquitetônicas. A cidade deve ser um espaço fluido para todos, independentemente da mobilidade. Segurança e conforto : Boa iluminação pública, policiamen...