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Mostrando postagens de agosto, 2025

Tecnologia sem empatia é barreira, não solução

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  Cada vez mais sentimos a necessidade de interagir com o mundo de forma digital. São os aplicativos de conversa, as redes sociais e os sites onde, teóricamente, se resolve a vida de forma mais simples. Mas…. Sabe aquela sensação de querer resolver algo simples online? Acessar um exame, conferir um extrato, agendar um serviço e acabar afundando num mar de abas, senhas, confirmações e interfaces que parecem mais enigmas do que soluções? Pois é. Agora imagine isso acontecendo com alguém que não cresceu no meio digital. Ou pior: com alguém que já está acostumado a navegar, mas mesmo assim se sente completamente desamparado diante de uma tela. Vamos ver vários casos que tive contato em poucos meses: Caso 1 A manhã que se perdeu tentando acessar um exame: “Outro dia, passei horas tentando ver um simples exame laboratorial. Era pra ser rápido. Mas o sistema da clínica exigia cadastro novo, senha forte, verificação por SMS (que nunca chegou)... e depois de tudo isso, erro no login. Resul...

Caminhar é um direito: cidades seguras e acessíveis são mais humanas e mais inteligentes

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  Na Semana do Caminhar 2025 (03 a 09/08), celebramos o gesto mais humano e simples: o de mover-se com os próprios pés. Desde 2017 ela é realizada, incluindo o Dia Mundial do Pedestre, no dia 8 de agosto. O tema de 2025 será sobre “Ruas abertas para pessoas”. Mas será que realmente temos algo a celebrar? Se formos olhar a realidade de nossas cidades, este gesto se tornou um privilégio. Na maioria delas o que vemos são falta de acessibilidade.  Em Porto Alegre, minha cidade, a chamada revitalização do Centro Histórico revela uma ferida cruel: a arquitetura da exclusão. O que deveria ser espaço de reencontro com o urbano, como sempre se caracterizou o centro da cidade, com seus edifícios e espaços históricos, virou campo minado para pessoas cegas, com calçadas niveladas ao asfalto, pisos táteis mal posicionados e lixeiras cortantes que ferem corpos e dignidades. Tudo isso em nome de uma “modernização” que ignora os princípios básicos do desenho universal. Esta não é apenas ...