Meio que sem querer acabei comprando um livro do Ray Bradbury com crônicas sobre escrever. Essas coisas de ter facilitado a compra com um toque nesses sites de livros. Ainda bem que era um ebook e foi baratinho. Mas me fez parar e ler: O zen e a arte da escrita . Bradbury é autor de um de meus livros prediletos: Crônicas Marcianas . Sempre gostei demais de ficção científica. Um dos artigos desse novo livro, comprado num impulso sem querer, fala de um conto onde havia um espaço cheio de telas onde se podia entrar e falar com Platão, por exemplo.  Perfeito! O cara pensou nisso bem antes de qualquer computador como conhecemos hoje existir. Fiquei imaginando um aplicativo que fosse como um holodeck desses onde se pudesse passear pela Ágora grega e conversar com aqueles filósofos.... Fonte Justo hoje quando tem gente que pensa que escola é lugar onde só se deve aprender e não debater. Onde falar em política, especialmente a partidária, em universidade é palavrão....

  Um terreno íngreme, uma paisagem paradisíaca, um projeto estupendo. É a casa Mirage, projeto do escritório de arquitetura Kois . A solução? Inserir a casa na paisagem, fazendo com que a cobertura da casa de 198 m2 seja nada mais, nada menos que uma imensa piscina. E com uma grande vantagem: além da beleza estética, essa solução ainda auxilia na proteção térmica.   O local? Uma ilha grega belíssima, repleta de história e beleza natural, chamada Tinos. Um desafio ainda maior para criar uma residência que se destacasse, ao mesmo tempo que não interferisse com o entorno. O grande espelho de água da piscina de borda infinita parece fazer parte da paisagem natural, refletindo a sua beleza.  Técnicas e materiais locais foram empregados nessa construção. A cultura de construção da ilha é eficiente em regular a temperatura. E o resultado é uma casa que se esconde, mas que ao mesmo tempo se abre à admiração dos que a podem observar. Fotos Kois Arquitetos Associados   (...

Foto Tereza Longhi Tenho com a Grécia uma ligação desde sempre. Talvez os livros que li - especialmente Monteiro Lobato na infância, fizeram com que eu crescesse admirando e olhando os mitos e deuses como velhos amigos, daqueles que a gente ouve histórias e conhece as traquinagens. Péricles, Aspásia, Sócrates e os semi deuses eram meus companheiros de imaginação. Imaginem então minha alegria quando estive pela primeira vez na Grécia! Meu olhar de admiração para as ruínas do Partenon, o usar dracmas para pagar despesas e andar pelos mesmos caminhos de tantos sábios antes me fizeram delirar. Por isso saber mais e mais sempre me encanta. E falar de arquitetura sem citar a Grécia é praticamente impossível. Já falei sobre a isonomia grega e sobre os templos gregos , especialmente o de Apolo, assuntos de outros almoços no Studio Clio. Esse almoço Clio falou sobre Atenas, memória de uma cidade e teve como palestrante Francisco Marshall. A gastronomia ficou a cargo de  Leona...

Esse bar na Grécia usa de materiais simples para criar um ambiente vivo e como eles mesmo definem, "estruturalmente honesto". É o IT Café que fica em Atenas, projeto do Escritório de Arquitetos gregos Divercity.  Não é de hoje que o uso dos painéis de OSB me encantam. Bem usados eles rendem belos efeitos, com a vantagem de serem materiais baratos em comparação com outros revestimentos. Vejam AQUI mais postagens sobre seu uso.  Adequados aos tempos de recessão por que passa a Grécia onde custos tem que ser cada vez mais minimizados, esse bar tem no seu conceito o ponto chave. Ele usa a ideia de caixote, expresso pelo material não apenas para armazenar alimentos, mas para mostrar variados tipos de eventos relacionados à alimentação.  Os painéis de OSB cobrem paredes e forro entremeados com estruturas de ferro e aglomerado que formam estantes para exposição dos mais variados materiais. O mobiliário e programação visual seguem o estilo despojado e cr...

Aprendizado cultural com gastronomia. Fórmula super cheia de sucesso do Studio Clio que reúne em seus almoços temas super interessantes. Essa semana por exemplo, estive em um sobre Atenas e a cultura da isonomia. A Grécia me tem, sem sombra de dúvida. Tenho com ela e sua história uma relação que vem desde a infância. E se, outras vidas existirem, algumas delas devo ter vivido por lá. Na Antiguidade Clássica, por suposto. A isonomia grega tinha tudo a ver com a harmonia. O corte de excessos. O poder distribuído da maneira mais justa para as suas concepções da época. Não, não era a ideal. Muitos não participavam, muitos se locupletavam. Mas em qual época da história se chegou ao ideal? Se alguém souber me avise, eu ainda não descobri.    ISO (Mesmo) + Nomia (Normas) - Mesmas normas/regras para todos. Um principio básico perseguido pelo ser humano em sua história civilizatória. Vimos até uma rudimentar forma de estabelecer um sorteio de cargos executivos, uma forma talv...

Essa semana fui a uma palestra almoço no Studio Clio em Porto Alegre. São os chamados Almoços Clio e já falei várias vezes deles. O assunto era deveras interessante para todo arquiteto: Templos Gregos. O palestrante, Dr. VFrancisco Marshall nos deu uma aula sobre os Templos, locais onde se situavam, estilos, arquitetura grega e história. Os templos obedeciam a padrões bem estabelecidos em adornos e colunatas. E essas em geral obdedeciam uma proporção do número da frente em dobro mais um na lateral. Os templos não eram locais para reunião de multidões em cultos, como as nossas modernas igrejas, e eram dedicados a variados deuses da rica mitologia grega. Estátuas gigantescas e com tecnologias perdidas que permitiam moldar marfim e ouro foram criadas para louvar o Deus da Pólis. Em especial me lembrei de quando fui à Grécia, em 1990 e em particular do passeio ao Templo de Apolo em Delfos . Ir até lá já foi uma epopéia. Me enganei com o nome de uma rua e em vez de ir...

Doce Alquimia, pastelaria em Atenas, Grécia, projeto de Kois Arquitetos Associados   A  loja é de Parliaros Stelios ,  um dos melhores, senão O melhor Patisserie da Grécia. O projeto atendeu a esse chamamento que a gastronomia, em especial a patisserie exerce sobre nós, pobres mortais.  Um misto de magia e encantamento, como se a manipulação de ingredientes se transformasse em alimento dos Deuses. Os autores usaram de elementos e cores que remetem ao misticismo das fórmulas alquímicas e dos antigos e imaginados laboratórios que as criavam.  Ao mesmo tempo se nota a transparência e a luz usada para mesclar claridades e sombra. O ambiente é dramático e ao mesmo tempo calmo, é como se estivesse a margem do mundo caótico lá das ruas, onde se é recebido para uma experiência sublime.  Veja AQUI uma das delícias do mestre grego.  Fonte  Yellowtrace

Pois foi justo o que vi nessa tarde em um dos vários balaios da  Feira do Livro de Porto Alegre . Esse ano a Praça inteira, que esteve por anos em obras do Projeto Monumenta, se abriu ao público. As barracas seguem em áreas cobertas, o que é muito bom porque sempre chove em algum dia de feira. Me pareceu mais ampla, com menos barracas (em outros anos tinham muitas livrarias com várias barracas espalhadas) e com menos gente. O clima ajudou e hoje estava mais ameno, dava para chegar nos balaios.   As barracas são dos mais variados materiais e algumas inclusive com tetos verdes. E é assim mesmo que elas ficam, no meio da Praça, bem no centro de Porto Alegre. Quem passa do trabalho, ou passeio, vai caminhando no meio dos livros e é meio difícil não sair com algum volume de lá. E com um pouco de sorte pode-se ver um encontro de poetas.Carlos Drummond de Andrade, Mário Quintana e o patrono desse ano, Luiz Coronel, se reuniram para nos brindar com pura poesia! ...