Mutações essenciais

"Nada termina jamais. Onde quer que alguém tenha plante raízes brotadas do seu eu mais puro ou verdadeiro, ali encontrará um lar".

Um livro marcado por frases, copiadas e/ou sentidas, sublinhando sentimentos afins. Assim foi a leitura de Mutações em 1975. Aos vinte e poucos anos borbulhavam sensações de insegurança e quereres que me faziam entrar nas palavras e senti-las quase como se fossem minhas. Não chegou a ser um livro de cabeceira, mas foi um livro que marcou e ao qual voltei mais algumas vezes naquela década.

Passado o tempo, ele voltou a prateleira, ficou guardado entre os demais, hibernando o seu tempo. Até que...

Vendo TV num dia qualquer, vejo a mesma Liv, diferente no rosto, uma idosa, mas a mesma nos olhos brilhantes, na maneira de menina que se recusa a morrer. E da entrevista passei a leitura mais uma vez. Três décadas depois o livro ainda me marca. Ainda sinto os quereres de antes, ainda me reencontro com aquela parte de mim que até julgava esquecida, abafada pela mulher que se obrigou a crescer. Algumas vezes mais dura do que gostaria. Mas sempre um ser mutante. Mais inteira, com menos insegurancas. Mas também com menos tempo de perspectivas...

Para onde vou..."Talvez não seja tão importante saber. Talvez não seja tão importante chegar.”

(Liv Ullmann - atriz amada de Bergman - em sua autobiografia ‘Mutações’, 1975)

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