Curso ESPAÇO & ESTÍMULO



ESPAÇO E ESTÍMULO

Da Psicologia Ambiental à Arquitetura Terapêutica - uma introdução
Oscar Müller








O que somos e a maneira como vivemos depende, em grande parte, do meio ambiente no qual estamos inseridos...


ESPAÇO E ESTÍMULO
Da Psicologia Ambiental à Arquitetura Terapêutica - uma introdução

Oscar Müller




O que somos e a maneira como vivemos depende, em grande parte, do meio ambiente no qual estamos inseridos...



Introdução – Espaço E Estímulo

O espaço que nos cerca sempre oferece informações que captamos com nossos sentidos. Muitas vezes óbvios e outras, nem tanto, estes estímulos são todavia constantes (por isso também muito eficientes), e nos afetam durante toda nossa existência. O ser humano está sempre submetido a esta espécie de estimulação, raras vezes inócua, e os habitantes das cidades, quase que integralmente apartados do convívio com a natureza, sofrem esta influência a partir de fontes criadas pelo homem, 99% das vezes de maneira aleatória, e de efeitos insuspeitos.

É inegável que o que somos e a maneira como vivemos depende, em grande parte, do meio ambiente no qual estamos inseridos. O meio nos transforma e nos adaptamos a ele para sobreviver, em algumas vezes causa e efeito se tornam aparentes em questão de segundos, em outras o processo é cumulativo, gerando reações a longo prazo capazes até de nos transformar lentamente, geração após geração, num percurso sem retorno, de macacos ao que somos hoje, como é sabido por todos. Tem sido assim sempre, durante toda a evolução do Homem, e estamos habituados a pensar neste fato a partir de uma escala de tempo biológica, que se mensura em milhares ou centenas de milhares de anos, sem nos apercebermos que este processo se dá no dia a dia, a todo instante, com resultados que nos transformam totalmente, em todos os aspectos e em variadas graduações.

As transformações acontecem com a mesma rapidez em que somos capazes de assimilá-las, e esta velocidade é o que possibilitou a vantagem da nossa espécie sobre as demais. Embora a lentidão do processo biológico torne impossível a percepção direta das variações, numa escala de tempo psicológica sucede o oposto, aqui somos muitíssimo mais maleáveis e susceptíveis a transformações, portanto, as mudanças são instantâneas, e o meio ambiente também é fator determinante.




Definições – Da Psicologia Ambiental à Arquitetura Terapêutica

Nosso cérebro recebe e processa informações constantemente, e uma das características mais poderosas do espaço (entendido aqui como entorno, envoltório do ser humano) reside no fato de estarmos submetidos a ele durante toda a existência, não há como não estar em algum lugar. Até mesmo enquanto dormimos, qualquer ruído, a temperatura, o colchão, interferem em nosso sono ou sonho. Um pingo d’água na testa pode não ser um incomodo em absoluto, mas a continuidade e permanência do mesmo estímulo, pode metamorfosear algo tão pouco pernicioso como um alegre aviso de chuva, na mais irresistível tortura chinesa. Assim é a força dos estímulos espaciais, contínuos, permanentes, ininterruptos...

Os arquitetos, urbanistas, paisagistas e decoradores são os profissionais especificamente treinados para conceber e tratar os espaços. Como criadores e pensadores é nossa obrigação estarmos conscientes dos efeitos do nosso trabalho sobre os usuários e, dentro das possibilidades de cada um, intentar obter o melhor. É preciso considerar que, neste aspecto, nosso afazer se entremeia com a prática da psicologia, e que não somos treinados para diagnosticar, nem temos cabedal técnico suficiente para nos aventurarmos irresponsavelmente num campo desconhecido. Qual estímulo é ou não desejável para este ou aquele usuário? Decidir o que o usuário final precisa, ou o que lhe é conveniente, está muito longe das nossas atribuições, bem como a maior parte das técnicas para tanto. É preciso cooperar (no sentido etmológico da palavra) com o profissional psicólogo, tanto na concepção dos objetivos, quanto na busca de técnicas adequadas para cada caso específico.

Podemos traduzir muitas das tentativas dos profissionais da nossa área neste campo como um esforço semi-consciente para obter do espaço criado determinada função, sensação, ou experiência. Quando projetamos uma sala de espera numa clínica odontológica é conveniente que quem a utilize sinta-se tranqüilo e calmo. O espaço adequado a esta função deve transmitir segurança ao usuário ou estaremos prestando um desserviço ao nosso hipotético cliente dentista.

Trabalhando com cores e formas, com o mobiliário, sua ergonomia e posicionamento, circulação, perspectivas, iluminação, paisagem e todos os recursos que estiverem à disposição em cada caso, intentamos conseguir que o espaço atenda ao seu propósito. O esforço do arquiteto na direção do que pretende obter, no entanto, é em grande parte intuitivo e aparentemente esotérico, pois ações intuitivas são dificilmente explicáveis, ainda mais para um leigo ou para seu contratador.

Quando nos deparamos com um programa qualquer, raramente o que se objetiva como estimulação aos usuários é mencionado. O dentista do exemplo anterior vai pedir uma sala de espera com um número muito específico de lugares, mas muito raramente explicitará que os usuários daquele ambiente devem se sentir relaxados e tranquilos, ou que ali não deve ser audível o torturante barulho do motorzinho durante a espera. Isso acontece, em primeira instância, porque o cliente não pensa nessa espécie de atributo para o espaço, porque não sabe que a arquitetura pode oferecer esta espécie de estimulação, e, em última análise, porque o profissional arquiteto não pergunta nada sobre este aspecto. É preciso considerar também que não faz parte dos conhecimentos obrigatórios de um dentista ou do arquiteto, o fato do medo ser contagioso e se espalhar com facilidade, e que, portanto, esta sala de espera não deve privilegiar a troca de olhares entre os clientes e sim entre cada um deles e um eventual acompanhante, pois este último não vai se submeter a nenhum tratamento e está verdadeiramente tranqüilo.

No comércio e nas áreas de trabalho onde acontece o atendimento ao cliente (ou público) é adequado consultar os profissionais de marketing da empresa no auxílio do desenvolvimento do programa. Da mesma maneira que um sociólogo será útil, se o objetivo for um equipamento urbano. Para cada ambiente e uso específico, há um profissional envolvido que pode direcionar melhor o trabalho que virá. Com o programa definido, o arquiteto coordenador deverá dar continuidade ao trabalho, em estreita colaboração com o psicólogo.

Este assunto precisa ser tratado por arquitetos e psicólogos juntos, pois terão de transmitir conceitos, trocar experiências e interagir de forma talvez não muito cômoda para ambos. São premissas básicas para realizar neste campo tanto esta capacidade de comunicação, como uma preocupação sempre presente de usar uma linguagem compreensível pelos dois profissionais envolvidos. A busca por uma terminologia comum fundamenta-se na troca de conceitos de parte a parte; neste micro-curso, vou partir do pressuposto que, por parte da arquitetura, o conceito de escala foi transmitido, pois acredito que qualquer arquiteto consiga passá-lo para um psicólogo...

Antecedentes

A psicologia ambiental é um recurso que foi amplamente utilizado na história, podemos dizer que por todos, Deus e o diabo... As muitas referências podem ser tão específicas como o corredor em arcos que reverberava o aço das botinas em passo de ganso, acelerando o coração de quem entrasse na sala de Hitler, ou chegar aos nossos tempos como fórmula consagrada pelo uso, como a igreja católica, com componentes conhecidos de todos nós.

Em algum momento do passado, um arquiteto desenhou um primeiro templo, suas naves, púlpitos e confessionários. Intuitivamente ou não, proposta copiada ou transformada pelo tempo, encontramos hoje um padrão que nos faz sentir pequenos diante do altar, dada a escala e a perspectiva em que somos inseridos, que nos faz agir e nos movimentar de forma contida e respeitosa, pois os ecos multiplicam nossos passos e qualquer ação é percebida por todos. Este padrão também torna as palavras do pregador ainda mais verdadeiras, alterando nosso horizonte artificial e tornando-nos menos aptos a questionar; e tranquiliza o confessando, com uma mudança radical para um ambiente íntimo e escuro, onde ele não vê nem é visto por ninguém, parecendo estar à sós com sua consciência.

Mesmo as soluções que não foram premeditadas, ou as que não tinham bases científicas claras quando apareceram, e foram preservadas só pela funcionalidade, hoje podem ser analisadas e decodificadas à luz dos conhecimentos da psicologia moderna.

Já a arquitetura terapêutica é um conceito mais novo (minhas referências e experiências pessoais neste campo não são anteriores a 1983); mais que agir preventivamente ela usa os estímulos espaciais para o tratamento, para a terapia de um determinado usuário, visando sua evolução como ser humano, promovendo sua sanidade mental. Como arquitetos estamos mais próximos deste conceito, enquanto que como urbanistas mais próximos do anterior. As atribuições se misturam e os afazeres também, e isto determina a falta de uma fronteira específica, delimitada, com a qual não estamos acostumados, mas que é típica da psicologia. No decorrer deste texto tentarei oferecer uma ótica mais ampla, que gradativamente gravite de um extremo ao outro.

Conceitos básicos - Da prevenção à terapia

Como seres humanos percebemos a vida através de nossos sentidos; neste aspecto (salvo infelizes exceções), somos todos iguais. Enquanto escrevo posso supor que você está lendo e compreendendo minhas palavras, e que neste exato momento, está vivo, respira, etc... Se considerarmos o destino imediato deste texto como micro-curso do I CVA, muitas outras peculiaridades acontecem: somos arquitetos, estamos sentados em frente ao computador, gostamos de aprender, temos treinamento em compreensão de texto, etc... Somos iguais até onde podemos supor, enquanto desconhecidos, e em escala maior somos o mesmo. As especificidades vão aparecendo na medida em que, mudando a escala, enfocamos o particular, ou conseguimos caracterizar o usuário. Isso pode ser feito em variadas escalas: espécie, continente, língua, raça, você escolhe. De uma identidade cultural presente em um grande grupo, até a situação mais particular do "mono-usuário", vou neste texto enfocar somente a questão da escala. E aqui, desenvolver uma habitação, um ambiente comercial ou uma praça pública são processos radicalmente diferentes.

Ao percorrermos este trajeto, da humanidade até o indivíduo, ao mesmo tempo em que nos tornamos mais específicos, mais diferenciados, individualizados, também nossas particularidades em comum se tornam mais evidentes, gerando outras referências, até que, de tão diferente, reste a cada ser humano ainda ser humano, estar vivo e ser esta única identidade possível, como aliás acontece com todos os demais, fechando o círculo. Ou seja, em pequena escala, nada mais somos do que exatamente na maior escala possível: Vida. Um amigo argentino me disse, certa vez: "No somos iguales, somos lo mismo!" Uma das coisas mais verdadeiras que já ouvi...

Ao lidarmos com grupos de pessoas, com o espaço público, sem individualizar o usuário, só podemos atuar de maneira preventiva. É bom lembrar que, assim como a psicologia preventiva é matéria curricular para o psicólogo e deveria informar também sobre os estímulos espaciais, também a higiene da habitação trata, na verdade, do estudo do espaço sadio, e a sanidade mental deveria estar incluída neste conceito. Enfim, trabalhando com o projeto de uma praça, por exemplo, a ação conjunta do arquiteto e do psicólogo é muito mais técnica, limita-se em favorecer determinadas atividades e tentar impedir outras. A psicologia de massa oferecerá alguns dados e a ética, o restante; talvez nesta escala o rumo, o partido, dependa mais do diagnóstico de um sociólogo. Estas decisões significam, de certa maneira, exercer um poder, influenciar, transformar de alguma forma a vida dos usuários. O profissional que compreende essas informações passa por uma tomada de consciência que tem de ser acompanhada do maior senso de responsabilidade e ética, pois não há nenhuma lei que o oriente, nenhuma postura que seja suficiente em si mesma, só o bom senso pode ser de alguma ajuda. Um bem estruturado senso ético para não impor suas verdades pessoais, coisa aprendida pelo bom terapeuta, só pode ser abraçada de estalo com muito policiamento. Até mesmo suas mais íntimas convicções políticas podem afetar seu trabalho.

Embora a questão seja delicada, o objetivo político nos espaços públicos é facilmente alcançado. Crie-se uma sede de governo, cercado por um fosso e com um espaço vazio quilométrico em volta, e 100.000 manifestantes podem bater à porta deste governo: ele não precisará atendê-los. Mas se esta sede está numa praça circular, de menores dimensões, com 10.000 pessoas, este outro governo estaria ilhado e pressionado. Estamos tratando de escala. A escala aqui é o mais importante e então, devemos considerar o óbvio: qual a comunidade que a obra deve atender? Esta comunidade certamente terá suas particularidades, reconhecê-las e não diminuir-lhe as possibilidades de ação é uma questão ética e moral, no mínimo porque temos que atender da melhor forma nosso contratante e, em última análise, este será sempre o usuário final, direta ou indiretamente.

Vamos voltar à escala, ao nosso trajeto. Recapitulando: se de um lado da escala somos vida neste planeta (e creio que esta consciência será o próximo grande avanço da Humanidade), caminhando para o outro lado vamos nos tornando mais específicos, mas sempre nos agrupando em torno de "diferenças-iguais": deste hemisfério, daquela raça, com este credo, daquela nação...

Quanto mais se torna específico o usuário, menor o grupo, mais peculiaridades para trabalhar, e objetivos a alcançar. Há traços em comum, particulares de grandes grupos, até na escala das nações. Enquanto o traço mais desenvolvido na percepção do povo alemão é o auditivo (para saber mais veja Programação Neuro Linguística), no povo brasileiro se dá o contrário, o canal auditivo é o menos utilizado. É possível estimular este canal, e tratar esta deficiência cultural conceitualmente, oferecendo espaços coerentes, não aleatórios, de decodificação lógica aparente ou diretamente, implantando estímulos sonoros (música, água, móbiles, etc.) nos espaços públicos.

A escala! Vamos caminhar um pouco mais: grupos menores necessitarão de ambientes também menores e terão usos e usuários mais específicos, oferecerão particularidades maiores. Qualquer coisa em comum, como cultura e hábitos locais, profissão, nível cultural, oferece mais dados e mais campo para o trabalho. Os ambientes destinados a uma função determinada, como os de trabalho, são bons exemplos, podem favorecer uma dinâmica de equipe ou o trabalho individual, centrar esforços ou dividir responsabilidades, aqui a função é o mais importante.

Nesta escala intermediária, lidando mais com uma atividade (e a partir dela), o que os usuários terão em comum, e as relações entre eles e a ergonomia são os dois aspectos mais óbvios a considerar. Muitas vezes a orientação prescinde do diagnóstico, pode ser um ambiente de uso constante, diário para um grupo específico ou então um espaço de uso eventual, caracterizado tão somente pela sua função, originando-se de uma necessidade de marketing ou de produção. Lay-outs de ambientes industriais, ou salas de aula, o hall de um hotel ou a loja do magazine, devem considerar o perfil dos usuários, mas, principalmente, as relações entre eles e o que se espera que aconteça naquele ambiente.

A ergonomia é talvez o aspecto mais fácil de assimilar e pôr em prática, pois os elementos que temos para trabalhar não são tão variados. O corpo humano por um lado, e de que forma o posicionamos, por outro.

Para que se tenha uma compreensão mais completa do processo, creio que podemos, enquanto arquitetos, sem ferir a ética, fugir um pouco do aspecto introdutório deste micro-formato e invadir um pouco a área dos psicólogos aqui, pois a ergonomia neste aspecto em particular, parece ser domínio de ambos. Portanto, este é o melhor campo para aprofundar um pouco esta apresentação e oferecer um exemplo de ferramenta (resumido ao formato deste nosso micro-curso) que você possa utilizar daqui em diante, cientificamente, obtendo reações emocionais específicas em seus projetos.

Para você, mesmo como curiosidade, talvez interesse saber que a psicologia, já a partir de Reich, que chama atenção para a linguagem corporal, depois com a análise energética de Lowen, a terapia Gestalt de Perl e outras, ofereceram a Greene dados suficientes para que, em 1970, ele e seus colaboradores formulassem o Princípio Psicofisiológico (e este sem dúvida nos interessa) cujo enunciado é o seguinte: Cada modificação no estado fisiológico é acompanhada por uma mudança apropriada no estado mental-emocional; e reciprocamente, cada modificação no estado mental-emocional é acompanhada por uma mudança apropriada no estado fisiológico. O que significa que o relaxamento ou retesamento de cada músculo do corpo humano está diretamente relacionado com um estado emocional ou mental, seja este estado consciente ou não, e vice-versa.

Portanto, induzindo uma postura mental obtemos uma corporal e provocando uma determinada postura corporal obtemos um também determinado estado emocional. Fácil, não é? Para quem projeta ou mobília um ambiente, não é difícil gerar as posturas corporais adequadas. Basta para tal que saibamos o que devemos obter, e que dominemos o repertório necessário. Como já foi explicado aqui, o programa desenvolvido com o auxílio de profissionais adequados nos informará do que devemos obter e o repertório pode ser obtido diretamente do psicólogo; porém, é aconselhável que o arquiteto conheça, ao menos grosso modo, essa linguagem, para facilitar sua compreensão e comunicação com o psicólogo. A leitura de "O Corpo Fala" é mais que suficiente para tanto. Este livro, elaborado com linguajar descomplicado, oferece uma fácil leitura ao leigo, sem exigir conhecimento anterior. Mais atual, a PNL (Programação Neuro Linguística) traria a mesma informação, através, por exemplo, de expressões verbais de origem gestual presentes na língua, como "dar as costas" ou "morder os lábios". Embora essas informações sobre linguagem corporal estejam disponíveis desde a década de setenta, os designers de mobiliário parecem não tomar conhecimento deste fato e desenham peças sem nenhuma funcionalidade neste aspecto. Mesmo os móveis para escritório mais simples, que deveriam atender tão somente a função, não o fazem.
Veja no exemplo abaixo, desenhado "a lá" Tompakow (um dos autores de O Corpo Fala), como a tradicional mesa de secretária ou recepcionista tem habitualmente um projeto inverso ao que seria ideal. Por um momento, coloque-se na posição do proprietário de uma empresa e decida se preferiria que essa sua cliente fosse atendida pela moça ou pelo rapaz da ilustração.









 Mesmo intuitivamente, sem conhecer o repertório, sem ter os dados que você vai adquirir lendo o livro, já é possível perceber, que na primeira figura, com a mesa posicionada convencionalmente, o anteparo inferior obriga um distanciamento maior da cliente em relação ao objeto em questão (que será o assunto ali tratado ou o centro da mesa), e facilita uma postura mais relaxada da funcionária, enquanto, no segundo caso, com a mesa posicionada ao contrário, a dinâmica é outra e a função, melhor atendida. É claro que também aconteceu a troca das cadeiras e um apoio para os pertences da cliente foi acrescentado, mas também pode ser porque a moça simpatizou mais com o rapaz...

Note que somente com esta variável já se pode atender a várias situações diferentes. Se o objetivo é afastar a cliente ou deixá-la mais retraída e menos aberta a qualquer proposta de mudança, a primeira opção é mais interessante. Atenderia melhor a um balcão de troca de mercadorias de um comerciante sem escrúpulos, por exemplo...

Quanto às relações, neste caso simples, que envolve apenas 3 pontos, as duas pessoas e o assunto a ser tratado, poderíamos representá-las assim:

 
Um ambiente não aleatório, configurado como o do pequeno exemplo acima, por ser eficiente e promover uma função determinada tem, no decorrer de seu uso, uma função terapêutica também. O rapaz do exemplo tem um ambiente de trabalho funcional que satisfaz suas necessidades de modo mais efetivo, e as atividades desenvolvidas ali transcorrem mais satisfatoriamente, seu tempo destinado ao trabalho tem mais qualidade, mais resultados e é mais agradável. Tudo isso se traduz não só em um benefício para o empresário, que tem sua atividade "azeitada", mas também resulta num espaço de trabalho mais sadio e em uma vivência sã de uma parcela importante do dia a dia na vida do empregado. Este espaço saudável e são, a longo prazo, tem uma função terapêutica inegável, embora não específica. Veja que aqui, mais que prevenir, a imersão diária e continuada nessa conjuntura promove, ultrapassando o caráter preventivo e assumindo uma ação, de fato, terapêutica.

Exemplos e aplicações

Agora, como um exercício de imaginação, pense numa mesa de reuniões e seus ocupantes. Se a mesa é retangular, as relações são em direção às cabeceiras e em contraposição, ficando os participantes mais próximos, mesmo que separados por apenas um componente, impedidos de se relacionar. Se a mesa é redonda, as relações multiplicam-se, a dinâmica é muito maior, mas esta disposição pode não ser muito agradável para um chefe déspota... O Homem, desde tempos imemoriais, reúne-se em círculo e, seja o calor de uma fogueira que os protege como um grupo, ou um orador, é o que está no centro que trás um objetivo comum a todos, sem dispersão. É aquilo que os une, que os diferencia dos demais, tornando-os iguais nesta diferença. Numa mesa redonda o assunto é o que é favorecido. Se o objetivo é particular, uma mesa triangular seria a solução mais apropriada.

Considere, agora, uma sala de aula comum, aquela de modelo francês que todos um dia freqüentamos e que conta com a configuração padrão professor no tablado "versus" alunos. Muita gente, cinqüenta adolescentes sempre de costas para alguém, ao lado de outro, atrás de mais um, referências cheias de significados, relação estática e vícios sendo criados diariamente. Em contraposição, imagine uma sala octogonal, com carteiras giratórias, com quatro janelas e quatro lousas intercaladas, sem tablado. Outra dinâmica: o professor decide qual lousa usará naquele instante, ou se estará no meio de um círculo. Ninguém sempre atrás ou na frente, relações multiplicadas e favorecidas, muito mais campo de ação para um bom professor. Esta experiência foi feita em 86 no Colégio Evolução (Itanhaém, São Paulo, SP, Brasil), a partir de necessidades pedagógicas, ocasião em que me foi pedido um projeto para expansão de duas salas somente. Nos três anos seguintes mais de trinta salas foram adicionadas, todas com o mesmo lay-out!

A escala de novo! Caminhemos um pouco mais, e alcançamos um núcleo familiar, a habitação de uma família. Complicou, não é? As relações agora são muito mais complexas, impossíveis de decodificação para os nossos leigos olhos. Chegamos ao fim do nosso trajeto: uma família ou um indivíduo devem ser tratados da mesma forma. Neste nível o diagnóstico do psicólogo já é imprescindível, a família ou o indivíduo em questão terá de desejar que a qualidade terapêutica do espaço seja inserida em sua novo espaço ou residência, e colaborar conscientemente durante todo o processo. Aqui também a compreensão do todo será desconhecida do arquiteto, mesmo por questões éticas e, acredite, há coisas que é melhor não saber. Portanto, atuaremos como técnicos buscando alcançar objetivos que não são tão claros para nós. A variedade de técnicas e o repertório agora são do psicólogo, nos resta atendê-lo. Nossa ajuda no diagnóstico pode não passar da companhia para uma visita à atual habitação do cliente, ou uma conversa sobre como espera-se que transcorra o dia a dia no novo espaço...

As residências são o deleite dos psicólogos de terapia familiar, trabalhando a partir de um diagnóstico específico não há o que não se possa fazer, ou o que não se consiga obter: texturas, cores, ângulos e perspectivas, um piso de borracha ou carpete, a visão da banheira desde a cama do casal, uma simples placa de metal que amplifique o som da chuva, ou a lareira posicionada ao lado da TV, qualquer detalhe aqui é matéria prima, por excelência, para nosso intuito. O terapeuta pode pedir-lhe, por exemplo, que diminua a importância de um quadro, que na habitação atual do seu cliente ocupa uma posição de destaque na sala mais imponente acima da lareira. A figura do já falecido sisudo patriarca, sempre a olhar para todos de cima para baixo, desaprovando tudo, retratado inspirando temor, agora visto sempre de cima, pode parecer mais com um garoto emburrado. Por que criar este ou aquele estímulo, já não nos compete discutir. Quando a escala diminui até o aspecto terapêutico, só nos resta realizar.

Aqui a arquitetura se torna terapêutica mesmo e, como qualquer outro tratamento, a posologia e acompanhamento se fazem necessários. A diagnose e orientação do psicólogo, bem como uma preocupação de observação de resultados, são imprescindíveis. O mais aconselhável é procurar um profissional versado em técnicas ativas, que sempre terá ferramentas mais práticas a nos oferecer. A parceria com um profissional assim é proveitosa para todos e permite, a médio prazo, uma comunicação tácita, uma compreensão mútua de objetivos e técnicas que torna cada vez mais fácil o trabalho de ambos.

No desenvolver de nossas atividades profissionais normais, um dos aspectos onde a habilidade pessoal é mais importante em todo o processo, é quando, depois de ouvir sobre os anseios de seu cliente (discurso sempre carregado de muitos pré conceitos e pré soluções), conseguimos captar o que o cliente precisa e deseja, na realidade, traduzindo estas informações para um programa ou projeto. Esta capacidade de traduzir idéias e conceitos é comum entre o arquiteto e o psicólogo. Grosso modo, é também de um processo de tradução que o psicólogo obtém todas as informações para seu trabalho. Toda sua "matéria prima" se origina do discurso de seu cliente, e a interface com o arquiteto, sob este prisma, não tem nada de complicado. Uma tradução dupla, nada mais. Arquitetos e psicólogos tem em comum, entre outras coisas, o caráter científico-humano de suas matérias: ambos são profissionais que lidam com dados técnicos e pesquisas científicas, no entanto, o aspecto humanista é primordial nas duas áreas. Atuar no mundo real através de conceitos e idéias é nosso afazer diário e isso também facilita nossa interação.

Desde que haja profissionalismo e competência, reputo como único pecado da arquitetura a aleatoriedade. Todas as informações científicas para otimizar os estímulos espaciais já estão à disposição do psicólogo ou do arquiteto. Simplesmente manter os olhos abertos para esta questão, dar-lhe a importância devida, dedicando nossa atenção como dedicamos a qualquer outro aspecto do nosso trabalho, é o suficiente para desmistificar, aprender e incorporar estas técnicas na nossa produção.

Referências bibliográficas

Para nós, creio recomendáveis leituras que oferecerão alguma ferramenta, algum repertório, mas só para que a comunicação com o psicólogo se torne mais fluida, é preciso nunca perder de vista as questões éticas envolvidas e a necessidade de recorrer ao profissional correto para decidir nestes aspectos.

Sobre linguagem corporal:
O Corpo Fala – a linguagem silenciosa da comunicação não verbal,
Pierre Weil e Roland Tompakow
Sobre AT - Análise Transacional:
Os Papeis Que Vivemos Na Vida
Claud Steiner

Sobre PNL - Programação Neuro Linguística:
Sapos Em Príncipes
Richard Bandler e John Glinder

Para quem desejar aprofundar seus conhecimentos neste campo, existem disponíveis os autos do primeiro seminário em Psicologia Ambiental e Projeto de Arquitetura e Urbanismo, que realizou-se em Abril de 2000, no Rio de Janeiro, promovido pelo PROARQ, Programa de Pós-Graduação em Arquitetura da FAU/UFRJ.
Endereço para correspondência: delrio@rio.com.br
PROARQ - Programa de Pós-Graduação em Arquitetura
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Prédio da FAU/Reitoria sala 433
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Ilha do Fundão, Rio de Janeiro RJ, cep. 21941-590
tel.: (021) 290-2112 r. 2737
tel./fax: (021) 590-1992 ou 590-6832
www.fau.ufrj.br/proarq


Mais informações
Obrigado por sua atenção, estaremos sempre à disposição do leitor para qualquer esclarecimento.
Oscar Müller Kato

Versión en Epañol

 


ESPACIO e ESTÍMULO

Desde la Psicología ambiental a la Arquitectura terapéutica - una introducción


Jorge Scatto 


INTRODUCCIÓN - Espacio e Estímulo


El espacio que nos rodea siempre ofrece información que captamos con nuestros sentidos. Muchas veces obvias y otras no tanto, estos estímulos son constantes (por eso también muy eficientes) y nos afectan durante toda nuestra existencia. El ser humano está siempre sometido a estas estimulaciones, raras veces inocuas, pero los habitantes de las ciudades, apartados casi totalmente de la convivencia con la naturaleza, sufren esta influencia a partir de fuentes creadas por el hombre, el 99% de los casos de forma aleatoria y con efectos insospechados.

Es innegable que lo que somos depende de la manera como vivimos, en gran parte, según el medio ambiente en el que estamos insertos. El medio nos transforma y nos adaptamos a él para sobrevivir, a veces causa un efecto que se hace presente en cuestión de segundos, en otras el proceso es acumulativo, generando reacciones a largo plazo, capaces de trasformarnos lentamente, generación tras generación, en un curso sin retorno, desde que éramos monos a lo que hoy somos, como es por todos sabido.

Ha sido siempre así, durante toda la evolución del hombre pero estamos habituados a pensar en este asunto a partir de una escala de tiempo biológica, que se mide en miles o centenas de miles de años, sin percibir que este proceso se desarrolla día a día, en todo instante, con resultados que nos trasforman totalmente, en todos los aspectos y en variadas graduaciones.

Las transformaciones, suceden con la misma rapidez en que somos capases de asimilarlas, es esta velocidad lo que posibilita la ventaja de nuestra especie sobre las demás.

Aunque la lentitud del proceso biológico torna imposible la percepción directa de las variaciones, en una escala de tiempo psicológica sucede lo opuesto, somos mucho mas maleables y susceptibles a las transformaciones, por lo tanto los cambios son instantáneos, es el medio ambiente un factor determinante.



Definiciones: Desde la Psicología ambiental a la Arquitectura terapéutica.



Nuestro cerebro recibe y procesa constantemente informaciones y una de las características más poderosas del espacio (entendido aquí como entorno, envoltorio del ser humano) reside en el hecho de que estamos sometidos a él durante toda la existencia, naturalmente no tenemos cómo estar en otro lugar.

Así mismo cuando dormimos, cualquier ruido, cambio de temperatura, el colchón, interfieren en nuestro descanso o sueño. Una gota de agua en la cabeza no nos incomoda, pero una continua permanencia del mismo estímulo puede transformarse, desde algo tan poco pernicioso como un alegre aviso de lluvia en la más irresistible tortura china. Así es la fuerza de los estímulos espaciales, continuos, permanentes, ininterrumpidos.

Los arquitectos, urbanistas, paisajistas y decoradores son los profesionales específicamente entrenados para concebir y tratar los espacios.

Como creadores y pensadores es nuestra obligación tener conciencia de los efectos de nuestro trabajo sobre los usuarios y dentro de las posibilidades de cada uno, intentar obtener lo mejor.

Es preciso considerar que en este aspecto, nuestro hacer se mezcla con la práctica de la psicología, campo para el que no somos entrenados, mucho menos correspondería diagnosticar y por no tener caudal técnico suficiente, sería un despropósito que nos aventuremos irresponsablemente en un campo desconocido.

¿Cuál estímulo es o no es deseable para este o aquel usuario? Decidir lo que el usuario necesita finalmente, o lo que para él es conveniente, está muy lejos de nuestras atribuciones, así como la mayoría de las técnicas para tal fin.

Es preciso cooperar (en el sentido etimológico de la palabra) con un profesional psicólogo, tanto en la concepción de los objetivos como en la búsqueda de técnicas adecuadas para cada caso específico.

Podemos traducir muchas tentativas de profesionales de nuestra área en este campo como un esfuerzo semi consiente para obtener del espacio creado determinada función, sensación, o experiencia.

Cuando proyectamos una sala de espera en una clínica odontológica es conveniente que quien la utilice se sienta tranquilo y calmo. Un espacio adecuado a esta función debe transmitir seguridad al paciente, si no es así estaremos prestando un mal servicio a nuestro hipotético cliente dentista.

Trabajando con colores y formas, con el mobiliario, su ergonomía y posicionamiento, circulación, perspectivas, iluminación, paisajes y todos los recursos que estuvieren a disposición en cada caso, intentamos conseguir que el espacio atienda a su propósito. El esfuerzo del arquitecto en la dirección de lo que pretende obtener, sin embargo, es en gran parte intuitivo y aparentemente esotérico, pues las acciones intuitivas son difícilmente explicables, aún más para el lego o para su contratante.

Cuando nos encontramos con un programa cualquiera, raramente es mencionado lo que se afecta como estimulación a los usuarios. El dentista del ejemplo anterior va a pedir una sala de espera con un número muy específico de lugares, pero muy raramente hará explícita su necesidad que los usuarios de ese ambiente deben sentirse relajados y tranquilos, que desde allí no debe ser audible el torturante zumbido del torno durante la espera. Eso sucede, en primer instancia por que el cliente no piensa en ese atributo especial para ese espacio, por que desconoce lo que puede ofrecer la arquitectura ante esta estimulación y en segunda instancia por que el profesional arquitecto no pregunta nada sobre este aspecto. De hecho, el miedo es contagioso y puede evitarse con cierta facilidad, por ello la sala de espera debe permitir eludir el cruce de miradas entre los pacientes y dejar que cada uno de ellos pueda verse con un compañero eventual, pues este último no se va a someter a ningún tratamiento y está verdaderamente tranquilo.

Por supuesto, es preciso considerar también que estos aspectos no forman parte de los conocimientos obligados de un dentista o del arquitecto.



Un comercio puede ser mejor adecuado si consultamos profesionales de una empresa de marketing, como ayuda para el desarrollo del programa.

De la misma manera que un sociólogo será útil si el objeto a proyectar fuera un equipamiento urbano. Para cada ambiente de uso específico, hay un profesional comprometido que puede orientar mejor el trabajo que sea. Con un programa definido, el arquitecto coordinador deberá continuar su trabajo, siempre en estricta colaboración con el psicólogo. Este asunto es necesario que sea tratado por arquitectos y psicólogos conjuntamente, pues tendrán que transmitirse conceptos, intercambiar experiencias e interactuar, hasta quizás de forma tal vez no muy cómoda para ambos.

Son premisas básicas para realizar en este campo, la capacidad de comunicación debe ser una preocupación permanente para usar un lenguaje comprensible por los dos profesionales comprometidos.
La búsqueda de una terminología común, se fundamenta en el intercambio de conceptos de parte a parte, en este microcurso, se parte del supuesto que por parte de la arquitectura, el concepto de escala es conocido, pues entendemos que cualquier arquitecto puede transferirlo a un psicólogo....



Antecedentes



La psicología ambiental es un recurso que fue ampliamente utilizado en la historia, podemos decir que por todos, desde el cielo y hasta el infierno ....

Muchas referencias pueden ser tan específicas desde, por ejemplo, los arcos en el corredor, donde reverberaban los redobles de las botas a paso de ganso, acelerando el corazón de quien ingresara a la sala de Hitler, hasta llegar a nuestros tiempos las fórmulas consagradas por el uso, como la iglesia católica, con componentes conocidos por todos nosotros.

En algún momento del pasado, un arquitecto diseñó el primer templo, sus naves, púlpitos y confesionarios. Sea intuitivamente o no, esa propuesta fue copiada y transformada por el tiempo, encontrándonos hoy con un patrón que nos hace sentir pequeños delante del altar, dada la escala y la perspectiva a que somos sometidos, que nos hace andar de forma contenida y respetuosa, pues los ecos multiplican nuestros pasos y cualquier acción es percibida por todos. Este patrón también torna las palabras del predicador aún más verdaderas, alterando nuestro horizonte artificial y tornándonos menos aptos para cuestionar, y tranquiliza al confeso, con un cambio radical a un ambiente íntimo y oscuro, donde él no ve ni es visto por nadie, pareciendo estar a solas con su conciencia.

Así mismo las soluciones que no fueran premeditadas, o las que no tienen bases científicas claras cuando aparecen y fueran preservadas solo por la funcionalidad, hoy pueden ser analizadas y decodificadas a la luz de los conocimientos de la psicología moderna.

Con respecto a la arquitectura terapéutica, es un concepto más nuevo (las referencias y experiencias personales en este campo no son anteriores a 1983).

Más que hacerlo de forma preventiva, he usado de los estímulos espaciales para el tratamiento de un determinado usuario, viendo su evolución como ser humano, promoviendo su sanidad mental. Como arquitectos estamos más próximos de este concepto, pero como urbanistas mas próximos al anterior.
Las atribuciones se mezclan, también la misión y esto determina la falta de una frontera específica, delimitada, con la que no estamos acostumbrados, mas que la tradicional de psicología. Con el correr de este texto intentaremos ofrecer una óptica más amplia, que permita graduar entre los extremos.





Conceptos básicos - De prevención a terapia.



Como seres humanos percibimos la vida a través de nuestros sentidos, en este aspecto (salvo infelices excepciones), somos todos iguales. A partir de que escribo puedo suponer que usted está leyendo y comprendiendo mis palabras y que en este momento exacto, usted está vivo, respira, etc.

Si consideramos el destino inmediato de este texto, como micro curso del ICVA, muchas otras particularidades suceden: somos arquitectos, estamos sentados frente a la computadora, nos gusta aprender, tenemos entrenamiento en la comprensión de textos, etc.

Somos iguales hasta donde podamos suponer a partir que somos desconocidos y en una escala mayor somos lo mismo. Las especificaciones van apareciendo en la medida en que cambiamos de escala, enfocamos lo particular, o conseguimos caracterizar el usuario. Eso puede ser hecho en variadas escalas: especie, continente, lengua, raza, usted escoge. De una identidad cultural presente en un grupo grande, hasta la situación mas particular el "modo usuario", este texto enfocaremos solamente la cuestión de escala .

Analizar una habitación, un ambiente comercial o una plaza pública son procesos radicalmente diferentes.

Cuando recorremos este camino, desde la humanidad hasta el individuo, a medida que somos más específicos, diferenciados, individualizados, también nuestras particularidades en común se vuelven más evidentes, generando otras referencias, hasta que, de tan diferentes aún resta a cada ser humano "ser humano", estar vivo y ser hace también a la única identidad posible, como acontece con todos los demás, caminando en círculo.

O sea, en pequeña escala, somos nada mas y nada menos lo que exactamente también en una posible escala mayor: Vida. Una simple verdad: "no somos iguales, ... somos lo mismo!" ..

Al integrarnos con grupos de personas, en un espacio público, sin individualizar al usuario, solo podemos actuar de manera preventiva. Es bueno pensar que, así como la psicología preventiva es materia curricular para el psicólogo, se deberían informar también sobre los estímulos espaciales, tratar la higiene de la habitación, el estudio del espacio sano y la sanidad mental deberían estar incluidas en este concepto.

Trabajando con un proyecto de una plaza, por ejemplo, la acción conjunta del arquitecto y el psicólogo es mucho más técnica, limitándose a favorecer determinadas actividades e intentar impedir otras. La psicología de masas ofrecerá algunos elementos y la ética, los restantes, tal vez en esta escala el rumbo, el partido, dependan mas del diagnóstico de un sociólogo. Estas decisiones significan, de cierta manera exceder un poder, influenciar, transformar de alguna forma la vida de los usuarios.

El profesional debe contemplar estas informaciones, pasa por una toma de conciencia que debe ser acompañada del mayor sentido de responsabilidad y ética, pues no hay ninguna ley que lo oriente, ninguna postura que sea suficientemente en si misma, solo el sentido común puede ser de alguna ayuda.

Un buen estructurado sentido ético y profesional, para no imponer sus verdades personales, cosa sabida por los buenos terapeutas, solo puede ser abarcada desde un modo muy pulido. Así mismo, sus más íntimas convicciones políticas pueden afectar su trabajo.





Aunque la cuestión es delicada, el objetivo político en los espacios públicos es fácilmente alcanzado, comparemos dos casos hipotéticos.

Si se crea una sede de Gobierno, cercada por una fosa y con una inmensa área vacía que la envuelve, 100.000 manifestantes podrán golpear la puerta de este gobierno: él no necesita atenderlos.

Otra sede está en una plaza circular de menores dimensiones, con capacidad para 10.000 personas, este otro gobierno no estaría separado y por lo tanto presionaban.

Estamos tratando la escala. La escala aquí es lo más importante, debemos considerar lo obvio: ¿a cual de las comunidades debe atender cada obra?

Cada comunidad verdaderamente tendrá sus particularidades, reconocerlas y no disminuir las posibilidades de acción es una cuestión ética y moral, como mínimo, tenemos que atender de la mejor forma a nuestro contratante y en ultima instancia será éste el usuario final, directa o indirectamente.

Volvamos a la escala, recapitulando: si de un extremo de la escala somos vida en este planeta (y esta conciencia será el próximo gran avance de la humanidad) caminando para uno u otro lado nos vamos tornando en más específicos, pero siempre nos agrupamos en torno a "diferencias o igualdades": de este hemisferio, de aquella raza, con esta creencia, de aquella nación ...

Cuando se vuelve más específico el usuario, menor el grupo, mayores particularidades para trabajar y objetivos a alcanzar.

Hay trazos en común, particulares de grandes grupos, como en la escala de las naciones. En cuanto al trazo más desarrollado del pueblo alemán es el auditivo (a saber: la más antigua programación neuro linguística) en el pueblo brasileño se da lo contrario, el canal auditivo es menos utilizado.

Si tomamos este aspecto como una deficiencia cultural, es posible estimular este canal y tratar esta carencia conceptualmente, ofreciendo espacios coherentes, no aleatorios, de decodificación lógica aparente o directamente implantando estímulos sonoros (música, agua, móviles, etc.) en los espacios públicos.

La escala, avancemos un poco mas: grupos menores necesitarán de ambientes también menores y tendrán usos y usuarios más específicos, ofreciendo particularidades mayores.
Cualquier cosa en común, como cultura y hábitos locales, profesión, nivel cultural, ofrece más datos y más campo para el trabajo. Los ambientes destinados a una función determinada, como los de trabajo, son buenos ejemplos, poder favorecer una dinámica de equipo o el trabajo individual, centrar los esfuerzos o dividir responsabilidades, aquí la función es lo más importante.

En esta escala intermedia, ligada más con una actividad (y a partir de ella) que los usuarios tengan en común, las relaciones entre ellos y la ergonomía son los dos aspectos más obvios a considerar. Muchas veces el diagnóstico prescinde de la orientación, puede ser un ambiente de uso constante, diario para un grupo específico o bien un espacio de uso eventual, caracterizado solamente por su función, originándose de una necesidad de marketing o de producción, Instalaciones de ambientes industriales, las salas de aulas, el hall de un hotel o un salón de ventas, deben considerar el perfil de los usuarios, principalmente las relaciones entre ellos es lo que se espera de ese ambiente.

La ergonomía es tal vez el aspecto más fácil de asimilar en la práctica, pues los elementos que tenemos para trabajar no son tan variados. El cuerpo humano por un lado y de que forma lo posicionamos, por otro.





Para tener una comprensión más completa del proceso, podemos como arquitectos, escapar un poco del aspecto introductorio de este micro formato e invadir aquí un poco el área de los psicólogos, sin herir a la ética, pues la ergonomía en este aspecto en particular parece ser dominio de ambos. Por lo tanto, este es el mejor campo para profundizar un poco esta presentación y ofrecer un ejemplo de herramienta (resumido al formato de nuestro micro curso) que usted podrá utilizar de aquí en adelante, científicamente, obteniendo reacciones emocionales específicas en sus proyectos.

A usted quizás le interese saber que en psicología, a partir de Reich, que llama la atención sobre el lenguaje corporal, luego con el análisis energético de Lowen, la terapia Gestalt de Perl, entre otras, le permitirán a Greene datos suficientes para que en 1970, él y sus colaboradores formularan el "Principio Psicofisiológico" (es el que nos interesa) cuyo enunciado es el siguiente: "Cada modificación del estado fisiológico es acompañada por un cambio apropiado del estado mental emocional; y recíprocamente cada modificación del estado mental emocional es acompañada por un cambio apropiado del estado fisiológico". Lo que significa que el relajamiento o tensionamiento de cada músculo del cuerpo humano está directamente relacionado con un estado emocional y mental, sea ese estado consciente o no, y viceversa... Por lo tanto, induciendo una postura mental obtendremos una corporal.. y provocando una determinada postura corporal, obtenemos también un determinado estado mental ¿no es fácil?.

Para quien proyecta los muebles en un ambiente, no es difícil inducir a posturas corporales adecuadas. Basta que sepamos lo que debemos obtener y que dominemos el repertorio necesario.
Como ya hemos explicado aquí, el programa debe desarrollarse con el auxilio de profesionales adecuados, los que nos informarán que debemos obtener, este repertorio puede ser obtenido directamente del psicólogo, por ello es aconsejable que el arquitecto conozca al menos lo elemental de ese lenguaje, para facilitar su comprensión y comunicación con el psicólogo.
La lectura de "el cuerpo habla" un lenguaje silencioso de comunicación no verbal, de Pierre Weil y Roland Tompakow, es mas que suficiente. Este libro, elaborado en un lenguaje simple, ofrece una lectura fácil para el lego sin exigir conocimientos previos.

Más reciente, la PNL (Programación Neuro Linguística) traería la misma información, a través por ejemplo, de excepciones verbales de origen gestual presentes en la lengua, "como dar las cosas" ó "morder los labios" aunque esa información está disponible desde la década del setenta, los diseñadores del mobiliario parece no haber tomado conocimiento y diseñan piezas sin ninguna funcionalidad en este aspecto, los muebles para escritorio mas simples, que debieran atender simplemente la función, no lo hacen.



Vea el ejemplo de la imagen, dibujo al modo "Tompakow" (uno de los autores de El cuerpo Habla) cómo el tradicional escritorio de secretaria o recepcionista tiene habitualmente un diseño inverso a lo que sería ideal. Por un momento póngase en el lugar del propietario de una empresa y decida si preferiría que esa, su clienta, fuese atendida por la señorita de la ilustración.




Intuitivamente, sin conocer el repertorio, sin tener los datos que usted va a adquirir leyendo el libro, ya es posible percibir, que la primer figura con la mesa posicionada convencionalmente, el cubrepolleras obliga a un distanciamiento mayor del cliente en relación al objeto en cuestión (que será el asunto allí tratado en el centro de la mesa) y facilita una postura mas relajada de la empleada, en el segundo caso con la mesa posicionada al revés la dinámica es otra y la función mejor atendida.

Es claro que también sucede un cambio en la posición de las caderas y un apoyo para las pertenencias del cliente fue incrementado, pero también puede ser porque la joven simpatizó más con el joven.



Note que solamente con esta variable ya se pueden atender a varias situaciones diferentes. Si el objetivo es apartar al cliente o dejarlo más retraído y menos abierto a cualquier propuesta de cambio, la primer opción es más interesante. El segundo caso atendería mejor como un mostrador de cambio de mercaderías de un comerciante sin escrúpulos, por ejemplo....



En cuanto a las relaciones, en este caso simples, que contempla apenas tres puntos, a dos personas y un asunto a ser tratado, podíamos representarlas así: 






Un ambiente aleatorio, configurado como un simple ejemplo sobre como hacer eficiente y promover una función determinada, tiene una función terapéutica también durante su uso. El joven del ejemplo tiene un ambiente de trabajo funcional que satisface sus necesidades de modo más efectivo y las actividades allí desarrolladas transcurren más satisfactoriamente. Su tiempo destinado al trabajo tiene mas calidad, mejores resultados y es más agradable.

Todo ello se traduce no solo en beneficio para el empresario, que tiene su actividad "aceitada", también resulta un espacio de trabajo mas sano y en una vivencia importante del día a día en la vida del empleado.

Este espacio, saludable, tiene una función terapéutica innegable a largo plazo. Aunque no es específicamente preventiva, la inmersión diaria y continuada que esta coyuntura promueve, excede el carácter preventivo y podemos asumir que es un accionar, de hecho terapéutico.



Ejemplos y Explicaciones



Ahora, como un ejercicio de imaginación, piense en una mesa de reuniones y sus ocupantes. Si la mesa es rectangular, las relaciones son en directo con las cabeceras, están en contraposición los participantes a la cabecera y cada uno tendrá mas próximos, a los de sus lados, impedidos de relacionarse con los demás. Si la mesa es redonda, las relaciones se multiplican, la dinámica es mucho mayor, quizás esta disposición puede no ser cómoda ni agradable para un jefe déspota.

El hombre, desde los tiempos inmemoriales, se reúne en círculo, sea al calor de una hoguera que los protege como grupo, o ante un orador, lo importante es lo que está en el centro, un objetivo común a todos, sin dispersión. Es aquello que nos une, que nos diferencia de los demás, tornándonos iguales en esta diferencia.

En una mesa redonda el asunto es el que es favorecido. Si el objetivo es particular, una mesa triangular sería la apropiada.

Considere ahora, una sala de aula común, aquella modelo rectangular que todos un día frecuentamos y que cuenta con una configuración estándar, profesor en la tarima "versus" alumnos. Mucha gente, cincuenta adolescentes, uno al lado de otro, siempre con alguien a los costados, detrás de uno, delante do otro, referencias llenas de significados, relaciones estáticas de vicios creados diariamente.

En contraposición, imagine una sala octogonal, con pizarrones giratorios, con cuatro ventanas y cuatro losas intercaladas, sin tarima.

Otra es la dinámica: el profesor decide cual losa usará en ese instante o si estará en el medio del círculo. Nadie detrás, siempre en el frente, relaciones multiplicadas y favorecidas, mucho más campo de acción para un buen profesor. Esta experiencia fue realizada en el 86 (Itanhaém, São Paulo, SP, Brasil) a partir de necesidades pedagógicas, ocasión en que me fuera pedido un proyecto para ampliar dos aulas solamente. En los tres años siguientes serían adicionadas mas de treinta aulas, todas con la misma solución.



La escala de nuevo! ... caminemos un poco mas, y vallamos al núcleo familiar, la habitación de una familia. ¿No es complicado? Las relaciones ahora son mucho mas complejas, imposibles de decodificar ante nuestros ojos legos!.

Llegamos al final de nuestro trayecto: una familia o un individuo deben ser tratados de la misma forma. En este nivel el diagnóstico del psicólogo ya es imprescindible, la familia o el individuo en cuestión deberán tener un espacio de la calidad terapéutica, es decir su nueva residencia debe considerar la inserción de elementos cualitativos, y es fundamental la colaboración conscientemente durante todo el proceso.

Aquí, no es necesaria la comprensión de todo, por parte del arquitecto, por razones éticas y por que hay cuestiones que es mejor no conocer, por ejemplo las que hacen a la primacía individual y que son de incumbencia exclusiva del psicólogo.

Por lo tanto, actuaremos como técnicos buscando alcanzar objetivos que quizás no son tan claros para nosotros. La variedad de técnicas y repertorios ahora son del psicólogo, nos resta atenderlo. Nuestra ayuda en el diagnóstico puede ahora pasar desde la compañía para una visita a la casa actual del cliente y una conversación sobre como espera que transcurra diariamente la evolución del nuevo espacio...



Las residencias son el deleite de los psicólogos de terapia familiar, trabajando a partir de un diagnóstico específico: no hay lo que no se pueda hacer, o que no se consiga obtener: texturas, colores, ángulos de perspectivas, un piso de caucho o alfombra, la visual de la bañera desde la cama de matrimonio, una simple placa metálica que amplifique el sonido de la lluvia o el retrato posicionado junto al TV, cualquier detalle aquí es materia prima, por excelencia, para nuestra intención. El terapeuta, puede pedirle por ejemplo que disminuya la importancia de un cuadro, que en la habitación actual de su cliente ocupa una posición destacada, el retrato en la sala más imponente, la figura del ya fallecido sesudo patriarca, siempre ha de mirar a todos desde la cima para abajo, desaprobando todo, tratando de inspirar temor, ahora visto en la cima puede parecer más un muchacho montado sobre un burro.

El por qué crear éste o aquel estímulo, ya no nos compete discutir, cuando la escala disminuye al aspecto terapéutico, solo nos resta realizar.



Aquí la arquitectura se vuelve terapéutica al igual que cualquier otro tratamiento, como la posología el acompañamiento se hace necesario. El diagnóstico, la orientación del psicólogo, son imprescindibles como una preocupación de observación de resultados.

Lo más aconsejable es procurar un profesional versado en técnicas activas, que siempre tendrá herramientas prácticas para ofrecernos. El asociarse con un profesional así es provechoso para todos y permite a mediano plazo, una comunicación tácita, una comprensión mutua de objetivos y técnicas que torna cada vez más fácil el trabajo de ambos



En el desarrollo de nuestras actividades profesionales normales uno de los aspectos donde las habilidades personales es más importante en todo el proceso, es cuando después de oír los deseos de su cliente (discurso siempre cargado de muchos preconceptos y posibles soluciones alternativas) conseguimos captar lo que el cliente precisa y desea, en realidad traduciendo estas informaciones para un programa o proyecto. Esta capacidad de traducir ideas y conceptos es común entre el arquitecto y el psicólogo. En líneas generales coinciden, el psicólogo obtiene todas las informaciones para su trabajo a partir de un proceso de traducción. Toda su "materia prima" se origina en el discurso de su paciente, es la interface con el arquitecto, sobre este prisma no tiene nada de complicado. Una traducción en dupla, nada mas.

Arquitectos y psicólogos tienen en común, entre otras cosas el carácter científico humano de sus materias: ambos son profesionales que comparten datos técnicos y pesquisas científicas y el aspecto humanista es primordial en ambas áreas. Actuar en el mundo real a través de conceptos e ideas es nuestro hacer diario y eso también facilita nuestra interacción.





Pues entonces si están disponibles las herramientas para desempeñarse con profesionalismo y capacidad, el único pecado que quita reputación a la arquitectura es su condición aleatoria actual. Todas las informaciones científicas para optimizar los estímulos espaciales ya han estado a disposición del psicólogo o del arquitecto. Simplemente manteniendo los ojos abiertos para esta cuestión, dándole la importancia debida, dedicando la atención como dedicamos a cualquier otro aspecto de nuestro trabajo, es suficiente para romper el mito, aprender e incorporar estas técnicas a nuestra producción.




Referencias bibliográficas

Creemos necesario recomendar lecturas que ofrecerán alguna herramienta, algún repertorio, que permita una comunicación más fluida con el psicólogo, es preciso no perder nunca de vista las cuestiones éticas envueltas y la necesidad de recurrir al profesional idóneo para decidir estos aspectos.



Sobre el lenguaje corporal:
El Cuerpo Habla – el lenguaje silencioso de comunicación no verbal,
Pierre Weil e Roland Tompakow

Sobre AT - Análise Transacional:
Los Papeles Que Vivimos en la Vida
Claud Steiner

Sobre PNL - Programación Neuro Linguística:
Sapos en Príncipes
Richard Bandler e John Glinder

Para quien desee profundizar sus conocimientos en este campo: Los autos del primer seminario en Psicología Ambiental y Proyecto de arquitectura y Urbanismo (abril del 2000), en Rio de Janeiro, promovido por PROARQ, Programa de Pos-Grado en Arquitectura de FAU/UFRJ.
Dirección para correspondencia: delrio@rio.com.br
PROARQ - Programa de Pós-Graduação em Arquitetura
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Prédio da FAU/Reitoria sala 433
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Ilha do Fundão, Rio de Janeiro RJ, cep. 21941-590
tel.: (021) 290-2112 r. 2737
tel./fax: (021) 590-1992 ou 590-6832
www.fau.ufrj.br/proarq


Conclusión:

Gracias por la atención, estamos a disposición de todos para aclarar eventuales dudas.

Jorge Enrique Scattolini

scattomax@infovia.com.ar


Comentários

  1. Hoje recebi a indicação de um link, enviada pelo colega Muratori. O assunto aparece aqui tratado como novidade, vale a leitura:

    http://online.wsj.com/article/SB10001424052748703778104576287121392285518.html

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  2. Bom dia,

    Gostaria de saber onde encontrar o livro, pois o link acima não está atualizado.
    Obrigada!

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  3. Denise, vou tentar colocar o livro aqui para download, ok? Abraços

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